sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O exemplo dos pais

As crianças bondosas são mais felizes. Foi o que revelou uma pesquisa realizada pelas universidades da Califórnia, nos EUA, e British Columbia, no Canadá.


Para chegar nesse resultado, 400 estudantes, de Vancouver, entre 9 e 11 anos, tiveram que escolher um ato de bondade (dividir o lanche, visitar os avós, etc) que praticariam durante um mês. Os que preferiram fazer ações solidárias foram mais bem aceitos entre seus amigos. Popularidade capaz, até mesmo, de diminuir o indíce de bullying.

A pesquisa mostrou que as pessoas felizes não dão espaço ao egoísmo. Mas, como ensinar uma criança a trocar o “eu” pelo “nós”?

Exemplo

Segundo a psicóloga Iolete Silva, professora doutora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), as crianças aprendem através do exemplo, “Elas são extremamente observadoras. Às vezes, não têm recurso intelectual para entender, mas estão ‘de olho’ em tudo que os pais fazem e falam”, alertou. Ainda segundo a psicóloga, o erro mais comum dos pais, nesse sentido, é a contradição, por exemplo: gritar com o filho exigindo que ele pare de gritar, ou ser bagunceiro e cobrar organização.


Quem também concorda com a filosofia “o exemplo é a melhor forma de educar”, é Gisele Braga, psicóloga e mestre em educação. “O altruísmo, a gentileza, a divisão devem ser estimuladas nas pessoas desde quando são bebês. Ensine a lei do retorno, que gentileza gera gentileza, sem imposição. Todos gostam mais dos que são gentis, e ser aceito gera felicidade”, explicou Gisele.

Ninguém é perfeito, mas se você é responsável por uma criança nunca use a máxima “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Iolete Silva recomenda, “Caso seja ‘pego em flagrante’ (falando uma coisa e fazendo outra) assuma seu erro, explique o que aconteceu e diga que isso não vai se repetir”.

Filho único

Para a criança exercitar a cooperação é preciso que ela conviva com outros colegas da mesma idade. Isso explica o preconceito em torno dos filhos únicos. Esses são facilmente rotulados de mimados e egocêntricos, mas as psicólogas garantem: para a fama não fazer jus a realidade os pais devem estimular ao máximo o convívio dos seus filhos com outros juvenis. Por isso, Gisele Braga aconselha, “Não demore para colocar seu filho na escola”.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/vida/referencia-tornar-criancas-felizes-confiantes_0_851914854.html

A importância da religião no relacionamento



Por Paula*

"Olaaaa meninas td bem?

Realmente sumimos, mas como a Ca já falou, estávamos na correria.

Bom, hoje vou falar de um assunto importante, não sei se todos sabem mas sou católica, e confesso que ha alguns anos atras eu não praticava nada! Sempre tive fė e acreditei em Deus, mas antes de casar resolvi me aprofundar mais um pouco na minha religião.

Eu e o Maurinho começamos a freqüentar a missa aos domingos e isso nos ajudou muitooo na preparação pro casamento, nos tornamos mais unidos e pacientes um com o outro. Todos sabem que casamento gera um strees muito grande, os preparativos e tal, a missa me ajudou muito porque me fez uma pessoa melhor mais confiante, não sei, me senti muito bem!

Sei que isso vai de pessoa para pessoa, não tenho intenção de forçar ninguém, só estou dando um testemunho.

Para as que vão se casar na igreja católica é obrigatório o curso de noivos, e logo já pensamos em ” nossa que coisa chata!!”. Confesso que o nosso curso foi um pouco extenso, mas serviu para muitas coisas, aprendemos o verdadeiro significado do casamento, do matrimonio, do sacramento! E foi muito interessante porque compartilhamos sentimentos e sonhos que pretendemos realizar juntos, é um tempo que você tem ali para refletir algumas horas sobre o que você pretende pro seu casamento!

Se você começar a procurar cada vez mais aumentar a sua fé, a vida se torna mais fácil e você sabe que nunca vai estar sozinho, então, para as católicas tentem ir a missa com seu noivo, marido, companheiro, isso vai fazer muitooo bem para o casal, para as que não são, nunca deixem de ter fé, se você acredita em algo superior isso já faz a diferença!!

Espero que tenha sido clara e que entendam que esta é a minha opinião e quis compartilhar com vocês, porque da mesma maneira que fez bem para o meu relacionamento, talvez possa acrescentar algo de bom para o de vocês!"



* Extraído do Blog "Jogando o buquê! "
(http://jogandoobuque.com/a-importancia-da-religiao-no-relacionamento/)

Por que os casamentos estão durando tão pouco?

Nos dias atuais, tempo é artigo de luxo. Vivemos acelerados, na corrida contra o relógio, encaixando compromissos em agendas já lotadas, reclamando do trânsito, das filas, das demoras. É a refeição que não chega logo, é a Internet que está lenta, é o carro da frente que não anda. Na sociedade contemporânea, bom é sinônimo de fast - talvez por isso, agilidade e eficiência sejam termos tão explorados pelas campanhas publicitárias. Mas e quando o assunto é relacionamento - ou, mais especificamente, relacionamento amoroso? Será que essa síndrome da urgência também pode ter reflexos na vida afetiva? Por que alguns casamentos duram tão pouco?


O sociólogo polonês Zygmunt Bauman afirma em seu livro "Amor Líquido" (Editora Zahar) que os laços humanos estão cada vez mais frágeis. Segundo ele, estamos tão acostumados às relações de mercado que tentamos aplicá-las a tudo - inclusive às próprias relações amorosas. Paralelamente a isso, as festas de casamento deixam de ser rituais simbólicos para celebrar a união e se transformam em eventos extravagantes e espetaculares. Segundo o psicólogo e terapeuta Ailton Amélio, autor do livro "Relacionamento Amoroso" (Publifolha), o casamento é um pacote, e boa parte deste pacote foi enfraquecida. "Há 30 anos havia o desquite, mas não o divórcio, ou seja, não era possível casar legalmente mais de uma vez. Além disso, a própria opinião pública condenava a separação e um novo casamento. Hoje isso mudou: basta ir ao cartório e entrar com pedido de separação", diz.

De acordo com ele, todo casamento envolve ajustes, dificuldades e até mesmo crises sérias. "Muitos divórcios relâmpagos acontecem porque ou o casal ainda está sob efeito da euforia da paixão inicial e não se conhece suficientemente bem quando decide subir no altar, ou deixou o tempo passar demais para tomar esta decisão", afirma, neste último caso se referindo aqueles que namoram por muitos anos, casam e acabam se separando poucos meses após a união. "Costumo dizer que a paixão é míope e que o namoro é um bom par de óculos. Por isso, é importante conviver e conhecer verdadeiramente o outro, diluindo fantasias e idealizações. Por outro lado, namorar tempo demais pode fazer com que o casal tenha pouca energia e tolerância para lidar com os obstáculos que certamente terão quando decidirem viver sob o mesmo teto", ressalta Amélio.

Ressaca pós-festa

Ailton Amélio diz que a celebração do casamento é um importante ritual de passagem, mas considera que nos dias de hoje há uma exacerbação das festas e comemorações. "Há um consumismo exagerado estimulado pela mídia e pela publicidade. Somos cada vez mais escravos de necessidades que são continuamente criadas e nos satisfazem por pouco tempo. É assim com o carro novo, com a casa nova e com o próprio casamento. Muita gente passa anos planejando uma festa que talvez nem consiga aproveitar direito; é um enorme investimento de energia em algo que vai durar apenas algumas horas", avalia. Passado o grande dia, o casal precisa se adaptar à nova rotina a dois. "E é aí que pode surgir uma ressaca, uma sensação de vazio."

O diretor de marketing Rodrigo Nascimento sentiu na pele as amarguras de se casar e se separar antes mesmo de completar um ano de união. Hoje, aos 29 anos, se casou pela segunda vez e afirma estar mais maduro e certo para viver uma vida a dois. “Quando me casei pela primeira vez tomamos a decisão pensando no tempo de namoro. Estávamos juntos há cinco anos e sentimos que era a hora certa. No casamento atual, analisei aspectos de médio e longo prazo no relacionamento para os dois”, conta ele.


Nascimento lembra que o desgaste principal do antigo relacionamento foi o desentendimento na vida profissional. A ex-esposa, que na época tinha 23 anos (ele tinha 25), queria mudar de cidade em busca de uma melhor colocação profissional, mas o desejo de Rodrigo era permanecer na mesma empresa. “Nos casamos logo após ela ter se formado na faculdade. Não pensamos no depois, em como seria a vida a dois. Somente que era o momento de nos casarmos. Foram seis meses de discussão”, recorda. O ex-casal percebeu que não teria como manter uma relação à distância com uma eventual mudança de cidade e, de comum acordo, resolveu se separar quando o casamento completava 10 meses.

“É triste, pois fizemos uma festa bonita de casamento, tínhamos um apartamento todo arrumado e as famílias eram próximas. Foi um banho de água fria em todo mundo”. Os familiares ainda tentaram convencer o casal a ficar junto, mas as iniciativas não deram certo. “Foi muito difícil cortar os laços, mas era necessário. Todos tinham esperanças de que reatássemos, mas sabíamos que não iria acontecer. As brigas foram muitas e o amor acabou”, justifica. Depois da separação veio a pior parte, segundo Nascimento: dividir os objetos da casa. “O apartamento era novinho, com todos os móveis comprados pelos dois. Algumas coisas ainda estavam chegando em casa quando nos separamos”, diz.

Nascimento conta que acabou virando motivo de piadas entre os amigos. “Eles falam que nunca viram um casamento tão rápido como o meu. E tudo virou motivo para tirar sarro. Até fizeram uma aposta de quantos casamentos vou ter até a Copa de 2014. Espero estar no último”. Ele afirma que não acredita em uma fórmula para fazer a união dar certo, mas acha que precisa, e muito, do esforço das duas partes. “Estou casado há sete meses e nos entendemos bastante. O segredo é querer as mesmas coisas e respeitar a outra pessoa. Ninguém deve anular ninguém”, aconselha.

Trauma

Um casamento que fracassa logo no início pode significar um trauma na vida de um casal. Amanda Begatti tinha 21 anos quando se casou. Demorou um ano e meio para planejar sua festa de casamento perfeita. Escolheu todos os detalhes pessoalmente, desde as rosas que enfeitaram a igreja até o destino da lua de mel: Fernando de Noronha. O que Amanda não planejou foi a vida a dois. No primeiro mês de convivência com seu marido, a fisioterapeuta teve a certeza de que a união não iria durar muito - e, de fato, não durou: sete meses depois, os dois se divorciaram. “E olha que nós namoramos durante quatro anos. Mas éramos jovens demais, saímos daquela convivência da casa de pai e mãe achando a vida seria da mesma forma. Eu nunca lavei uma peça de roupa na casa dos meus pais e meu ex-marido achava que isso era minha obrigação. Ele queria um tipo de esposa e eu era uma pessoa completamente diferente do que ele imaginava”, explica.

A separação, segundo Amanda, chocou toda a família. “Meus pais não aceitaram muito bem. Na minha família toda separação ainda é tabu. Mas eu preferi criar coragem e terminar com tudo aquilo que não passou de um sonho - daqueles com direito a vestido e festa grandiosa, mas sem amor verdadeiro. Depois disso, nunca mais me casei e confesso que tive problemas para encarar namoros mais sérios. Hoje, tenho 29 anos e meu conselho para as pessoas é que não se casem antes dos 30. Se eu soubesse que seria assim, teria guardado o dinheiro que eu e minha família gastamos no casamento e faria um curso na Europa”, lamenta a fisioterapeuta.

Para a terapeuta de casais Tatiane Castro, não há uma garantia de que um casamento vai durar para sempre e nem tem como saber se irá funcionar mesmo por poucos meses. A única certeza é que haverá problemas e o casal vai passar por períodos difíceis, principalmente no começo, devido à falta de prepare dos dois. “Não existe uma receita, as pessoas têm suas manias e cabe ter tolerância, paciência e saber cuidar um do outro. No começo as coisas são mais belas e também difíceis. Hoje está muito fácil se separar ”, diz.

A terapeuta acredita que muitos casais se separam antes de completar um ano de união devido ao individualismo de ambos. “Um simplesmente não enxerga o outro.” A psicóloga e psicanalista Paula Cordeiro Zílio compartilha da mesma opinião “Vivemos em uma sociedade narcisista. Se a pessoa não corresponde ao que queremos, simplesmente caímos fora”, afirma. Daí a concluir que o futuro de instituições como o casamento, que pressupõem altas doses de comprometimento e generosidade, está ameaçado, é fácil: “Estamos em um momento histórico, onde as pessoas só pensam em si. Para terminar, mesmo o mais sério dos relacionamentos é muito simples, então casa-se e, em seguida, cada um vai para um lado”, conclui Paula Zílio.

Fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/separacaodivorcio/casamentos-que-duram-menos-de-um-ano/n1597363301428.html

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Afinal, quanto ao sexo, vale tudo para um casal?


A Igreja é muito discreta ao falar do ato sexual do casal cristão, mas não deixa de dizer, no Catecismo, que:

§2362 – "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação, pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer".

"A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte." (CIC, §2361; FC,11).

O Papa Pio XII já tinha dito há muito que:

"O próprio Criador (...) estabeleceu que nesta função (isto é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa (g.m.)" (Pio XII, 29/10/1951).

Sabemos que é necessário e legítimo o prelúdio sexual, especialmente para a mulher atingir o orgasmo junto com o marido; mas o mais importante e o que a mulher mais precisa na verdade, para ter uma harmonia sexual com o esposo, é ser muito amada. O ato sexual não começa quando ambos vão dormir; mas desde quando se levantam para começar um novo dia.

Mas o que seria um ato sexual realizado "de maneira verdadeiramente humana"? De acordo com alguns estudiosos do catolicismo, seria algo "puro", sem praticas como sexo anal, sexo oral ou mesmo masturbação mútua, bem como o acesso a material pornográfico ou mesmo brincadeiras e carícias que pudessem levar ao orgasmo masculino sem a ejaculação no canal vaginal da mulher. É sim,... tem gente que pensa assim.



Bem,... está aberto o debate: se o que nos distingue dos animais quanto a sexualidade é, além de fazer sexo por prazer, dar e receber amor, não seria correto afirmar que todo e qualquer ato sexual entre um casal regido por seu mais profundo amor é algo verdadeiramente humano? Para alguns sim, para outros, nem tanto.

O fato é que a intimidade de um casal é apenas dele, tornando-se um dos valores mais sagrados que devem ser preservados na convivência matrimonial. Acima de qualquer regra deve sim prevalecer a conivência, a cumplicidade, a doação através do amor mútuo e a satisfação de ambos.

Mas afinal, o "vale tudo" é ou não é pecado?????

Existem interpretações cristãs capazes de ver pecado em tudo. E são mais do que simples pecados: são pecados mortais! Vejamos: faltar às missas dominicais, fazer compras aos domingos, laqueadura, vasectomia (por razões de controle de natalidade), controle de natalidade artificial (camisinhas, anticoncepcionais,etc), pensamentos e desejos impuros, imodéstia no vestir (o ato de vestir deve mais esconder do que revelar), beijos e abraços prolongados se causarem desejos sexuais,  casar de novo após divórcio, embriaguez, ler livros e materiais pornográficos, assistir filmes pornográficos e programas de TV idem, mulher usar roupa de homem, sexo antes do casamento…  Sejamos claros: todos estes incontáveis supostos pecados acabam por aprisionar os fiéis num mundo amedrontador, cercado de ameaças e de tentações proibidas.

Mas quem pode nos dizer o que é e o que não é pecado na vida sexual de um casal? Para nos ajudar nesta discussão, cabe aqui uma pequena consulta ao Evangelho de Lucas:

"Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados" (Lucas 6,37)

"Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão e não reparas na trave que está na tua própria vista?" (Lucas 6,41)


É lógico que limites existem para tudo. Nossa formação católica nos oferece orientações e palavras sobre o tema propiciando profundas reflexões. Estas, contudo, além  de sofrerem constantes releituras por parte de nossos sacerdotes, são, como propriamente ditas: orientações. Nosso Senhor nos deu o dom do Livre Arbítrio e assim vemos a necessidade de buscarmos formação para usa-lo de modo saudável e construtivo.


Portanto, podemos concluir que se torna um tanto complicado sustentar a ideia de que é um ato pecaminoso  um cônjuge propiciar ao outro um prazer sexual desejado por ambos mergulhados profundamente em sua intimidade matrimonial. Mesmo que possa parecer vir de encontro ao catecismo da Igreja, que, diga-se de passagem, também é passível de várias interpretações.

Além do mais, o mundo está cheio de pecados mais sérios, mais dolorosos e tristes. O próprio Papa Francisco recentemente deu a entender em um de seus pronunciamentos que está de saco cheio quanto a obsessão católica sobre casamento gay, aborto e contracepção (vide link). E o que isso significa? Talvez signifique que nosso Papa esteja pedindo para que nos voltemos a preocupações mais emergenciais agindo como cristãos em essência, voltados para uma visão mais global a respeito dos novos desafios do mundo moderno, que está cheio de verdadeiros e horrendos pecados.

E ele é o Papa...



As diferenças "cerebrais" entre o homem e a mulher

Você pensa como homem ou como mulher? Cadê seu órgão sexual? Não, não aquele. A resposta pode estar mais em cima, no cérebro.

Assim como homens e mulheres são visualmente diferentes, suas estruturas cerebrais também têm peculiaridades próprias. Cada um dos sexos tende a usar o cérebro de modos distintos para, por exemplo, achar caminhos no trânsito, desengavetar lembranças, trocar idéias com amigos ou fazer compras. As diferenças entre o cérebro masculino e o feminino são, ao lado de fatores culturais, responsáveis por aptidões mais tipicamente masculinas ou femininas. É o que acreditam pesquisadores como o psicólogo Simon Baron-Cohen, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido e o neurologista Matthias Riepe, da Universidade de Ulm, Alemanha.

 O cérebro feminino, por exemplo, tende a ser mais organizado para dar conta da linguagem. Mulheres costumam se dar melhor em testes de fluência verbal. Elas têm, por exemplo, mais facilidade em recordar uma lista de palavras começando com a mesma letra.


 Na orientação espacial, ponto para os homens. Na média, o sexo masculino tem também mais facilidade em visualizar objetos em rotação, identificar figuras geométricas escondidas num desenho mais amplo, calcular distâncias e velocidades. E, como os macacos machos, os homens são mais precisos em acertar objetos em determinado alvo.

 Já a coordenação motora fina é melhor entre as mulheres. Elas também têm mais facilidade em identificar com rapidez figuras idênticas entre imagens semelhantes ou perceber se determinado objeto foi removido do lugar. O sexo feminino costuma ser melhor em testes de associações de idéias – fazer uma lista de objetos com a mesma cor, por exemplo.


 Diferenças à parte, ninguém é menos inteligente. Nos testes de QI, homens costumam ir melhor nas questões relacionadas à inteligência não-verbal; e mulheres, nas de inteligência verbal. Na média, porém, o QI feminino e o masculino são os mesmos.

 Não faltam estudos que apontam diferenças no cérebro masculino e feminino. Em relação à linguagem, por exemplo, uma pesquisa da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostra que as mulheres processam as informações nos dois lados do cérebro, geralmente com predominância do esquerdo. Já os homens tendem a utilizar só o hemisfério esquerdo e nada mais. Essa diferença ajuda a explicar o melhor desempenho feminino na linguagem verbal. Nas tarefas relacionadas à orientação espacial, também há variações. Apenas os homens utilizam de forma significativa os dois lados de uma região cerebral chamada hipocampo – possível explicação para a vantagem masculina.

 “Homens e mulheres têm cérebro organizado de formas diferentes“, afirma o neurologista Matthias Riepe, da Universidade de Ulm, na Alemanha. “Isso pode parecer estranho do ponto de vista social, mas é completamente natural do ponto de vista neurológico.” 

 Quer dizer, então, que homens são de Marte e mulheres de Vênus? “Não, são todos da Terra“, ironiza o psicólogo Simon Baron-Cohen. Afinal, as diferenças não são tão extremas assim, afirma em seu livro “The Essencial Difference” (A Diferença Essencial), lançado neste ano no Reino Unido. “As variações são estatísticas, mas cada indivíduo é diferente.” Claro que há mulheres excelentes em matemática e homens com enorme habilidade verbal, exemplifica.

 Mas para Baron-Cohen, há uma diferença básica entre a média dos homens e das mulheres. Pelo seu raciocínio, homens tendem a ter mais habilidade na sistematização. Ou seja, têm o cérebro mais bem estruturado para entender sistemas baseados em regras rígidas de causa e conseqüência. Daí a maior habilidade masculina nas ciências exatas e na orientação espacial.

 No cérebro feminino, a marca é a empatia. “Mulheres tendem a ter mais facilidade em identificar emoções alheias e em responder de forma apropriada.” Para Baron-Cohen, a empatia é estreitamente associada à habilidade verbal. Um fator é ao mesmo tempo causa e conseqüência do outro. 



Os extremos se encontram 

 Na classificação do psicólogo, há também o cérebro misto, com igual dose de habilidade para empatia e sistematização. Para corroborar suas idéias, Baron-Cohen criou dois questionários, um para avaliar o grau de empatia e outro, para o de sistematização.

 Mulheres costumam fazer mais pontos no primeiro, feito de perguntas como: “eu sei quando entrar numa conversa?” ou “consigo prever o sentimento dos outros?“. Na média os homens têm melhor resultado no questionário de sistematização, com perguntas que avaliam, entre outras coisas, o grau de entrosamento social e de interesse sobre o funcionamento das coisas.

 Mas não faltam críticos às idéias do britânico. “O teste é ultrapassado, esteriotipado e preconceituoso“, dispara o psiquiatra Luiz Cuschnir, coordenador do Gender Group do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e do Centro de Estudos de Identidade do Homem e da Mulher. “O teste é baseado em referenciais que não existem mais“, diz. Para ele, a conciliação entre sistematização e empatia é regra, não exceção.

 Outro que vê a teoria com reservas é o neurofisiologista Renato Sabbatini, diretor do Núcleo de Informática Médica da Unicamp. “Essa generalização não testa a verdadeira contribuição do cérebro em adultos, uma vez que a influência ambiental é fundamental“, diz ele. “A gente não consegue escapar da cultura.”

 O peso da biologia 

 Cohen rebate: “Claro que a cultura é importante, mas não se pode desprezar os aspectos biológicos. Nos anos 70, a tendência era resumir todas as diferenças entre os sexos à cultura. Mas, com o avanço da tecnologia para obter imagens do cérebro, hoje se sabe que não é assim.”

 Para ele, um dos principais responsáveis pelas diferenças entre os dois sexos é o hormônio masculino testosterona. Segundo algumas teorias, quanto maior o nível da substância nos fetos, maior o desenvolvimento do lado direito do cérebro, tradicionalmente relacionado à inteligência espacial. É por isso que, ainda no útero, o hemisfério direito dos meninos se desenvolve mais rapidamente que o esquerdo. Para Baron-Cohen, é justamente aí que está o ponto de partida da vantagem masculina na sistematização. 

Também por isso, diz ele, as mulheres tendem a ter mais habilidade relacionada à linguagem. Afinal, se nos fetos machos o lado direito se desenvolve mais, o esquerdo, associado à linguagem e à comunicação, fica atrás na comparação com as meninas.

 Em relação à linguagem, as mulheres têm outra vantagem sobre os homens. Para se comunicar, além do lado esquerdo – nesse caso, predominante -, também usam o hemisfério direito.

 Para Baron-Cohen, uma das explicações para os homens usarem apenas o lado esquerdo para funções lingüísticas poderia ser que, no sexo masculino, o lado direito estaria ocupado com tarefas relacionadas à inteligência espacial e à sistematização. Já as mulheres teriam mais espaço disponível no hemisfério direito para processar também informações lingüísticas.


 Para testar a teoria do impacto hormonal sobre o funcionamento do cérebro, Baron-Cohen mediu o nível de testosterona pré-natal de um grupo de crianças de Cambridge. A dose do hormônio veio do líquido amniótico da barriga das mães. Depois de apurar o nível hormonal das crianças, a equipe da Universidade de Cambridge avaliou o vocabulário de cada uma por meio de um questionário respondido pelos pais.

 Com um ano e meio de idade, as meninas, com menor dose hormonal, usavam em média 86 palavras. Os meninos usavam 41. Após seis meses, a vantagem feminina continuava: seu vocabulário médio, de 275 palavras, superava em 40% o dos garotos, de 196. O estudo revelou também diferenças entre crianças do mesmo sexo: quanto maior o nível de testosterona nos fetos, menor o vocabulário. Ao completar quatro anos, voltaram ao laboratório para a equipe avaliar a diversidade de interesses.

 Na média, os meninos se interessavam por menos assuntos. Entre as crianças do mesmo sexo, quanto maior o nível de testosterona fetal, menor o leque de interesses. E quanto mais restritos os interesses, acredita Baron-Cohen, maior a facilidade para sistematização, que depende em parte de especialização.

 O nível de testosterona também influencia a inteligência espacial. Em testes para avaliá-la, tende a se sair melhor quem tiver maior nível do hormônio, tanto mulheres como homens. É o que revela estudo de Doreen Kimura, do Departamento de Psicologia da Universidade Simon Fraser, no Canadá.

A situação não é muito diferente entre ratos. Para encontrar a saída num labirinto, as fêmeas demoram mais que os machos. A desvantagem acaba, porém, com uma injeção de testosterona nas ratinhas. Ao contrário, machos sem hormônio empatam com as fêmeas. Em outro teste, fêmeas de macacos que receberam testosterona adotaram comportamento típico de machos, como simular brigas com os companheiros – atitude que, segundo Baron-Cohen, reflete menor grau de empatia.

 Também os hormônios femininos podem influenciar comportamentos, diz Cohen. Ele conta que, nos anos 50, uma forma de estrogênio sintetizada, o dietilestilbestrol, era receitada a mulheres para evitar abortos. O hormônio não mostrou eficácia para impedir o fim da gravidez. Mas teve outro efeito. Os meninos nascidos após o tratamento tendiam a gostar de atividades femininas, como brincar de boneca.

 Mas onde está a origem das diferenças biológicas entre os cérebros de cada sexo? Baron-Cohen aposta na evolução da espécie: nossos ancestrais tinham papéis bem definidos na comunidade, que exigia habilidades específicas. Para os homens, quanto maior a orientação espacial e habilidade para produzir armas – fatores associados à sistematização -, maiores as chances de sucesso na caçada. Tolerância à solidão era outro fator favorável às longas empreitadas masculinas. Bons caçadores aumentavam a chance de sobrevivência e de ascensão social. Quanto maior sua posição no grupo, maior seu acesso às mulheres e mais descendentes para espalhar seus genes.


 Mas não só o talento para caça ajudava os homens a ganhar status na comunidade. O mesmo valia para maior dose de agressividade e menor grau de empatia, muitas vezes necessários para derrotar adversários, diz Cohen. Quanto às mulheres, os requisitos eram outros. Maior empatia e habilidade para comunicação ajudam não só a cuidar dos filhos como a conseguir ajuda no grupo para tomar conta das crianças, fatores essenciais para a sobrevivência da prole.


 Então as diferenças cerebrais viriam dos genes de nossos ancestrais? Para o psicólogo John Gabrieli, da Universidade Stanford, nos EUA, a resposta não é tão simples. Ele ressalta que as diferenças cerebrais não têm necessariamente origem genética. “Algumas pessoas acham que homens e mulheres nascem com o cérebro de certa forma. Embora seja apenas uma possibilidade, as variações biológicas podem ser resultado de fatores sociais.”

 Um exemplo do raciocínio está nas ruas de Londres. Para ser taxista, é preciso ser aprovado num rigoroso teste de conhecimento das ruas e rotas da capital britânica. Em média, cada profissional estuda dois anos para a prova – período em que o hipocampo ganha um tamanho maior, segundo estudo da University College London. Sinal de que o cérebro também se adapta para dar conta de suas tarefas.

Fonte: Revista Galileu – Edição 144 – Jul/03

domingo, 29 de setembro de 2013

6 dicas para o seu casamento dar certo

Enquanto os pesquisadores não criam a fórmula do amor, ou mesmo uma poção do amor, siga as dicas seguintes para fazer seu casamento durar. Não custa tentar, não é?

1 - Case com alguém que gaste como você


Se você é controlado com os seus gastos, mas se casa com alguém que sempre estoura o limite do crédito, é bem capaz que a sua paciência também estoure, e o casório vai por água abaixo. O professor de administração Scott Rick, da Universidade de Michigan, entrevistou mais de mil pessoas, casadas e solteiras, e verificou que as pessoas tendem a se casar com pessoas com tendências opostas de gastos. O estudo mostrou que eles também brigam mais por causa de dinheiro e, geralmente, estão insatisfeitos com sua união.

2 - Faça bastante sexo


Os pesquisadores Michelle Russell e James McNulty, da Universidade do Tennessee, verificaram que sexo frequente pode ajudar no casamento de pessoas neuróticas. Aqueles que mantêm uma rotina regular de relações sexuais estão tão satisfeitos quanto os casais com menos “neuroses”, segundo um estudo publicado por eles em outubro de 2010. Mesmo se o sexo não for muito bom no começo, mantenha a prática. Outro estudo mostrou que as relações melhoram com a idade. Homens com 50 anos se mostraram mais satisfeitos com sua vida sexual do que aqueles com 30 e poucos anos de idade, de acordo com uma pesquisa publicada em 2006.

3 - Fale mais "obrigado" e "nós"


Em 2007, pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona perguntaram a casais se eles se mostravam gratos pelas tarefas realizadas por seus parceiros. A maioria disse que se sentia grato, mas não demonstrava para o outro, pensando que “eles deveriam saber”. Os resultados mostraram que aqueles que compartilhavam e ouviam estes sentimentos de apreço guardavam menos rancor em relação à tarefas mal compartilhadas (pense no quanto de louça você não ajuda o(a) seu(sua) parceiro(a) lavar). Eles também estão mais felizes em seus relacionamentos. Além de dizer mais “obrigado”, está na hora de usar mais vezes a palavra “nós”. Um estudo publicado em um periódico internacional de psicologia, em 2009, mostrou que as esposas e maridos que usavam palavras como “nós” ou “nosso”, quando falavam sobre um assunto conflituoso, também demonstravam mais carinho. Isso diminuía comportamentos raivosos e os níveis de estresse psicológico durante uma briga.

4 - Resolva-se logo


Se o seu parceiro te irrita agora, o futuro de vocês é desanimador. A insatisfação com os “defeitos” aumenta com o tempo em que estão juntos. Pesquisadores entrevistaram 800 pessoas sobre seu nível de “negatividade” em relação ao parceiro, aos filhos e aos amigos. Os companheiros ficaram no topo da lista como os mais irritantes. E a tendência era piorar com o tempo. Contudo, isso pode ser algo normal em todos os relacionamentos. “Como este era um padrão entre a grande maioria dos participantes, percebemos que é algo normativo. Não é fora do comum”, disse o líder do estudo, Kira Birditt, do Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Michigan.

5 - Seja durão


O professor de psicologia James McNulty, da Universidade do Tennessee, verificou que o combustível de alguns casamentos são as atitudes negativas. Acredite se quiser. Para alguns casais com muitos problemas, o melhor jeito de “melhorar” o casamento é botar a culpa um no outro, mandar o outro mudar e perdoar menos.
Segundo ele, essencialmente, casais felizes se comportam de maneiras que, ao invés de fazê-los mais contentes, apenas refletem seu contentamento. Já os casais insatisfeitos, se tentam fazer o mesmo, acabam piorando o relacionamento com o tempo. McNulty diz que, nestes casos, botar a culpa no outro pode estimular o casal a mudar.

6 - Se esforce



O amor pode durar se você se esforçar para fazê-lo perpetuar. Um estudo de 2009 analisou respostas de seis mil pessoas, incluindo casais recém-formados e outros que estavam há décadas juntos. Um número surpreendente de pessoas respondeu que ainda estava apaixonado pelo companheiro mesmo depois de um longo tempo. E qual o segredo? Esforço. Estes casais felizes disseram que dedicavam tempo um ao outro e conseguiam resolver conflitos com calma e compreensão. O estudo mostrou que novas experiências estimulavam a produção de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, que estão em altas concentrações no cérebro no começo dos relacionamentos.

Conclusão: se esforce para cuidar de seu parceiro, para amá-lo e para nunca deixar o relacionamento cair na rotina.

Fonte: http://hypescience.com/6-dicas-cientificas-para-seu-casamento-dar-certo/

sábado, 28 de setembro de 2013

A importância do sexo no casamento

Geralmente, num casamento o desejo sexual vai diminuindo na mesma medida em que aumenta a amizade, o carinho e o companheirismo. O sexo é o maior problema enfrentado pelos casais, mas não é fácil alguém aceitar, num casamento tão idealizado por todos, que os dois com o tempo foram se transformando em irmãos.


Até a década de 1940, a importância da atração sexual entre o casal se colocava depois de vários outros aspectos como a fidelidade, o caráter, e principalmente da divisão das tarefas e preocupações. As mudanças começaram a ocorrer mais claramente em meados do século. A valorização do amor conjugal, sob todos os pontos de vista, sobretudo o sexual, começou a se manifestar.

A ausência de desejo no casamento só passou a ser problema quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Esse conceito teria sido incompreensível para as mulheres, em certas épocas, dadas à desinformação, à ameaça de gravidez e até mesmo à condenação do desejo e realização sexual.


Jornais, revistas e programas de TV fazem matérias, tentando encontrar uma saída para a falta de desejo sexual no casamento. Como resolver a situação de casais que, após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados não haver mais desejo?

Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser criativo, o que não passa de um equívoco. É o desejo sexual intenso que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há tesão, a pessoa só quer mesmo dormir. Outros dão sugestões concretas: ir a um motel, viajar no fim de semana, visitar uma sex-shop. Contudo, quem se angustia com essa questão sabe que as sugestões apresentadas de nada adiantam. Desejo sexual não se força, existe ou não.

Mas por que o desejo acaba no casamento? Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Desejo sexual está ligado a magia, encantamento, descoberta nossa e do outro. Numa relação estável é raro isso ocorrer. Busca-se muito mais segurança que prazer.


Para se sentirem seguras, as pessoas controlam o outro, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de tesão. A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o parceiro, associada ao hábito, pode provocar a perda do desejo sexual. Mas o que fazer quando o desejo acaba?

Essa é uma questão séria, principalmente para os que acreditam ser importante manter o casamento. É fundamental todos saberem que na grande maioria dos casos não se trata de problema pessoal ou daquela relação específica, e sim fato inerente a qualquer relação prolongada, em que a exclusividade sexual é exigida. Essa informação pode evitar acusações mútuas, em que se busca um culpado pelo fim do desejo. O preço é a decepção de ver se dissipar o ideal do par amoroso.


No entanto, a partir daí fica mais fácil cada um decidir o que fazer da vida. As soluções são variadas, mas até as pessoas decidirem se separar, há muito sofrimento. Alguns fazem sexo sem vontade, só para manter a relação. Outros optam por continuar juntos, como se sexo não existisse. E ainda existem aqueles que passam anos se torturando por não aceitar se separar nem viver sem sexo.


Fonte: Blog da Regina Navarro Lins
http://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/

O ciúmes no casamento

O ciúme é um tema complexo e polêmico e, muitas vezes, traz infelicidade. Muitos casais hoje sofrem desse mal, mas ainda não perceberam que têm perdido muito por não conseguirem conter tal sentimento.

O ciúme é um tema complexo e polêmico e, muitas vezes, traz infelicidade, independentemente de sexo, idade ou classe social.


Há quem diga que ciúme é prova de amor, outros dizem que é sinal de zelo - sempre ouvimos aquela famosa frase "quem ama cuida". Mas, por um instante, você já parou pra avaliar até que ponto tem chegado seu zelo, seu amor, seu ciúme?

Controle o ciúme

Muitos hoje sofrem desse mal, mas ainda não percebem que têm perdido muito por não conseguirem conter tal sentimento. Estamos acostumados a misturar emoções, sentimentos e comportamentos, isso muitas vezes nos leva a atitudes precipitadas, em alguns casos irreversíveis. Com certeza, você já ouviu casos de pessoas que, em momentos de cólera, chegam a extremos por ciúmes, tornando esses casos públicos e até de polícia?

Talvez isto aconteça porque fomos condicionados por nossa cultura e educação a expor nossos sentimentos, o que não é incorreto. Mas torna-se incorreto quando prejudica o próximo, ficando pior quando não temos consciência disso. Porém devemos ter maturidade para controlar nossas emoções, que costumam ser causadas por fatores externos tais como: palavras mal colocadas ou interpretadas, susto, medo, surpresa, fúria ou euforia.


As emoções, na Psicologia, são definidas como "afetos e reações desordenadas", que se manifestam em nós quando no nosso ambiente se opera alguma transformação radical e repentina a qual não podemos nos adaptar imediatamente. Os sentimentos são experiências ou disposições afetivas de prazer ou desprazer com relação a um objeto, pessoa ou idéia abstrata. São condicionados por nossas mentes, pela nossa opinião, portanto se pensarmos que estamos nos sentindo tristes, será este nosso estado.

O importante não é o que acontece e sim sua atitude diante de qualquer situação. É possível sentir-se triste, alegre ou com raiva e conduzir-se de forma civilizada e cordial, o que indica maturidade emocional.

Devemos ter consciência de que ninguém pertence a ninguém e que somos indivíduos com personalidade própria, diferenciada. No fundo o desejo de todos é ser feliz, e isso só é possível quando vivemos em paz e harmonia.

Por isso antes de tomar uma atitude precipitada, lembre-se o ciúme desgasta você e seu relacionamento.


Guia de Casamento
http://www.guiadecasamento.com.br

sábado, 14 de setembro de 2013

O estereótipo católico


Muitos católicos têm o cacoete de quando pensam na Igreja imaginam logo o Vaticano, o Papa, a Cúria Romana, os Bispos, o clero... Tal postura está totalmente errada!

É daí que vem a triste e equivocada percepção de que os dogmas da Igreja, sua moral, sua disciplina nascem de um bando de burocratas eclesiásticos insensíveis e meio desumanos... Nada mais errado e enganoso!

A Igreja, com sua doutri...na, sua fé, sua liturgia, seus preceitos morais é o Povo de Deus, Corpo de Cristo constantemente orientado, vivificado, sustentado pelo Santo Espírito do Ressuscitado. Este Espírito Divino, conforme a promessa do próprio Cristo-Deus, conserva na Igreja fielmente a santa memória de Jesus Nosso Senhor e, ao mesmo tempo, inspira constantemente o Povo Santo, Corpo de Cristo e Templo do Espírito, a ser fiel ao Senhor, discernindo como viver em cada época, como anunciar em cada tempo, como aplicar em cada nova situação a perene fé católica e apostólica com todas as suas consequências na nossa vida.

A fé da Igreja e sua moral não são frutos de decretos do Papa ou dos Bispos; são obra do Santo Espírito! Quem reza, quem escuta a santa Palavra de Deus na Assembleia eucarística, quem participa com fervor e frequência do Sacrifício eucarístico, quem se esforça fervorosamente para ser verdadeiro amigo do Senhor e filho da Sua Igreja terá aquele instinto de fé, "sensus fidei" dizem os teólogos, aquela alegria, aquela complacência na verdadeira fé católico. Um católico, verdadeiro filho da Igreja viva, membro vivo do Povo Santo de Deus, sempre experimentará o instinto católico, presente no seu católico DNA. E a fé católica não é algo que a maioria dos católicos vivos decidem, mas revela-se somente na coincidência dinâmica e viva da fé dos católicos de hoje com a fé dos católicos de cada geração, dos Santos Apóstolos até a última geração deste mundo. Eis: somos católicos na extensão do mundo e na duração dos tempos... É um estupendo mistério, é uma espantosa graça!

Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE

Calendário para os próximos Encontros de Noivos em nossa paróquia

Apresentamos as datas dos próximos encontros de noivos a serem promovidos por nossa Pastoral:

Agosto: 29, 30 e 31


Setembro: 26, 27 e 28


Outubro: 24, 25 e 26


Novembro: 14, 15 e 16


Dezembro: 12, 13 e 14.


Para maiores informações, entre em contato com a Secretaria Paroquial, fone 3221-3072. Ou nos mande um post pelo Face!

Palavras de nosso pároco


Esta época do ano é esperada por muitos de nós com grande entusiasmo, especialmente pela proximidade da Festa da Padroeira. Pudera que tal entusiasmo se difundisse em todos os paroquianos e devotos de N. Sra. das Dores.

Foi pensando na expansão dessa devoção que pedimos ao Pe. Francisco que escrevesse sobre as origens e motivações da “Procissão pela cura do Câncer”. É a procissão com as velas que abre a “Semana da Padroeira”. Tal procissão, associada a N. Sra. das Dores, pelo que sabemos, é exclusiva da Paróquia das Dores. As velas ofertadas no final da procissão iluminam o altar de Nossa Senhora, agradecem as orações atendidas e velam pelas preces feitas. Testemunhas que somos das consolações da Virgem das Dores, gostaríamos que a confiança nela não só aumentasse entre nós, mas se alargasse a outras paróquias.

Estamos ainda navegando em mar profundo no “Ano da Fé”. Ao proclamá-lo, no documento Porta fidei, Bento XVI convidava a lermos e estudarmos o Catecismo da Igreja Católica e a rezarmos e refletirmos diariamente a oração do Creio. Talvez nem todos tenhamos conseguido atender ao primeiro pedido, mas ao segundo, certamente, o fizemos. O refrão do Hino oficial do Ano da Fé canta em latim “Credo, Domine, adaugenobisfidem”. Nós o cantamos na elevação do pão e do vinho consagrados na versão tradicional em português, “Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé”. Para continuarmos a manter tudo isso diante dos olhos e dentro do coração, o Lema e o Tema da Semana da Padroeira segue o primeiro documento, LumenFidei, do novo Papa, Francisco, que há poucos dias esteve em nosso País, na Jornada Mundial da Juventude.

Ao longo deste Informativo, podemos ler e nos preparar para a celebração de Nossa Padroeira. Cada um dos textos escritos pelos padres é uma contribuição para fortalecer e aumentar nossa fé. Obrigado aos autores. Desejo que este informativo possa ser útil a cada um de nós, a cada uma das pastorais, serviços e ministérios. Que Deus nos abençoe a todos.

Pe. Airton José Dallazen, SAC

As imagens católicas

Católico não adora imagens !!!!

Este é um assunto polêmico, principalmente, por parte de alguns irmãos evangélicos. Estes gostam de falar que nós católicos somos adoradores de imagens, idólatras entre outras coisas. Os católicos de fato são conhecidos pelo costume de ter imagens de santos, anjos, Jesus ou a nossa querida Virgem Maria.


No que diz respeito à adoração de imagens, vale uma explicação baseada na Sagrada Escritura. Inclusive fonte, usada pelos nossos irmãos acusadores. Um dos textos preferido de nossos irmãos é o de Êxodo 20,4-5:

“Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e bisnetos daqueles que me odeiam…“.

Ótimo! Inclusive é uma belíssima passagem do Antigo testamento. Porém como somos seres humanos dotados de inteligência e não agimos apenas por instinto, vale a seguinte reflexão: Após sair de uma escravidão de 430 anos no Egito, o povo hebreu estava mais que acostumado à cultura egípcia. Todos nós sabemos que esta cultura pregava a adoração e culto a animais, faraós e outros objetos considerados divindades. Deus precisou dar a ordem de não fazer esculturas pois o povo hebreu era facilmente manipulável neste sentido. Deus em toda a sua sabedoria estava conduzindo Seu povo para Ele através da adoração única e exclusiva. Porém, confirmando a idéia de fraqueza do povo em Ex 32, os israelitas fabricam um bezerro de ouro para adoração. É preciso notar que a Bíblia não condena a criação de imagens mas de ídolos.


“Não fareis ídolos. Não levanteis estátuas nem estelas (pedras com inscrição ou escultura), e não poreis em vossa terra pedra alguma adornada de figuras, para vos prostrardes diante dela, porque eu sou o Senhor, vosso Deus.” (conf. Levítico 26,1).

De fato nossos irmãos estão parcialmente corretos. A bíblia condena expressamente a fabricação de ídolos. Ídolo é um falso deus, algo ou alguém que é colocado ou se coloca no lugar do verdadeiro Deus. Qualquer coisa pode se tornar um ídolo. Dinheiro, ou a busca incessante da prosperidade, ou ainda, a felicidade e a benção de Deus acontece somente se você é próspero financeiramente ou se não tem doença alguma. Ora, isto sim é contrariar as ordens de Deus.

Imagens são apenas representações artísticas, com objetivo único de embelezar, nos fazer lembrar de pessoas que são um exemplo para nós. O ato de ajoelhar-se diante das imagens não significa adoração e sim homenagem. Nenhum católico acredita que as imagens tenham algum poder sobrenatural, ou que vai falar, andar ou dançar. É comum dizerem que nossas Igrejas católicas são amaldiçoadas porque tem imagens, ou até mesmo, qualquer lugar que tenha em seu interior alguma imagem, chegando ao cúmulo de algumas pessoas não entrarem nestes lugares por “medo” destas imagens.

Interessante notar que o Templo de Jerusalém, construído pelo rei Salomão, continha muitas representações de anjos ou animais: “Para o interior do Santo dos Santos, mandou esculpir dois querubins e os revestiu de ouro.” (conf. 2 Crônicas 3,10-14).

Havia esculturas de Bois e flores (conf. 2 Crônicas 4,3-5) e continua:

“Quando Salomão terminou essa prece, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto com os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu o templo. Os sacerdotes não podiam entrar no templo do Senhor, tanta era a glória que enchia o edifício.” (conf. 2 Crônicas 7,1-2).

Onde está a maldição?

“Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão estes querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada.” (Êxodo 25,17-20)

“Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.” (Êxodo 25,22)

Deus serviu-se de imagens para manifestar a sua glória. Os querubins não eram ídolos como as nossas imagens católicas também não são ídolos. Não vale o mesmo critério para nossas representações humanas? Nossos Santos e anjos? Desde os primórdios do Cristianismo, nossos antepassados católicos pintaram e esculpiram imagens de Maria, Jesus, Santos e Anjos. A mais antiga representação da Virgem Maria é datada do século III em Roma e é uma das mais antigas da arte Cristã. O grande Santo e Doutor da Igreja São João Damasceno (749), foi muito perseguido por ser o principal defensor do uso de imagens para adornos nas Igrejas da época. Disse: “A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”.


O Papa Adriano I (772/795) no Concílio de Nicéia, realizado em 787, a fim de dar um pronunciamento oficial e dirimir quaisquer dúvidas divulgou o seguinte: “Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto à de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161).

Portanto, devemos tomar muito cuidado, principalmente no que diz respeito à interpretação da sagrada escritura. Não podemos tomar uma posição radical e fundamentalista em detrimento dos fatos históricos já que na própria Bíblia temos a seguinte recomendação de São Pedro: “Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pe 3,16).

As imagens, esculturas, pinturas sempre foram uma forma de expressar o testemunho de fé do cristão católico. Muitos que não sabiam ler aprenderam sobre os evangelhos através de desenhos e representações. Após mais de 2000 anos os católicos nunca deixaram de adorar a Santíssima Trindade, onde Deus é único e Soberano.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Encontro das Famílias 2013

Alusivo à Semana da Família, realizou-se esta noite, no Salão Paroquial, o Encontro das Famílias de nossa comunidade.
Mesmo o frio e a chuva não foram suficientes para espantar os participantes do encontro que contou com mais de 80 pessoas, entre adultos e crianças.
Após a palestra proferida pelo Pe. Xiko, cujo tema era a o Cultivo da Fé pela Família, houve uma pequena confraternização entre os presentes, sempre com um clima agradável e fraterno.
Seguem as fotos do evento:



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