segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O dia em que peguei minha mulher me traindo



Hoje, 19h, e ela não chegou ainda…

Calma, você pode não estar entendendo nada… Vou começar do início obviamente. Tudo começou quase trinta dias atrás quando, em uma manhã de segunda-feira, ela havia acordado mais cedo e estava toda linda.

Como há tempos eu não a via.

Segunda-feira ?!? porque será que ela está tão bem arrumada e linda assim? — isso deve ter coisa, eu pensei… Eu ainda ficara fingindo dormir, e olhava-a se penteando e arrumando para ir ao trabalho. O perfume dela já trazia uma agradável fragância para essa manhã no quarto fechado.


Mesmo assim, eu sentia que ela parecia saber que eu já estava acordado, e desfilava para lá e para cá. Como se quisesse me acordar e vê-la toda arrumada… mas resisti até ela sair do quarto… mas infelizmente, ao tentar fingir ir vê-la caminhar pela janela do quarto, não é que ela retorna e me vê como se procurando-a.

Ambos nos olhamos e dissemos: bom dia… e sem quase nos vermos direito, já nos despedimos como que dois irmãos para cada um seguir sua direção. Desde aquele dia e hora, nada mais foi igual. Por que ela estava toda maravilhosa em plena segunda-feira? Eu iria descobrir…


Eu fui trabalhar. Trabalhei mas não me concentrei direito. Mesmo ela estando a quilômetros da mesa do meu emprego, eu só pensava e sentia aquele perfume maravilhoso, relembrava aquela cintura maravilhosa andando de um lado para o outro do quarto, e aqueles cabelos dançando sobre os ombros mais lindos que já vi, pois algo dava esse poder a ela para fazer isso desde nossa
época de namoro.

Diante dessa situação, eu resolvi não deixar de graça. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo. Era 11h30 da manhã quando eu resolvi ligar de surpresa para ela: minha linda, eu estarei perto do seu trabalho daqui a pouco, vamos almoçar?

Ela, assustada do outro lado, ficara um tempo sem respirar ou responder, mas acabou dizendo: lógico.. vamos sim, meu bem!!!

Eu então pensei: ainda bem, pois se ela recusasse, mostraria que ela iria fazer algo ou com alguém. Pois o que explica uma mulher sair tão linda assim numa simples segunda-feira ?!?!

Durante o almoço, que durou quase 3 horas, conversamos como há muito tempo não conversávamos. Demoramos para pedir a sobremesa, e ainda, numa despedida ainda não planejada, nós tivemos alguns minutos para dar um amasso de despedida no carro antes dela retornar ao trabalho.

Já estando de volta ao meu trabalho, um pouco mais aliviado, mas algo ainda não havia me convencido da razão dela estar tão bonita em plena segunda-feira. Ai, eu pensei: ela deve ter planejado algo para a noite ?!?! isso mesmo.. Ela deve ligar daqui a pouco dizendo que fará hora extra… — ai ela vai se ver comigo, vou segui-la.

São 5h40 da tarde, e nada dela ligar!!! E eu não consigo terminar o meu trabalho apenas pensando naquela mulher que era a minha esposa.. Pronto! Vou decidir uma outra coisa.. Vou ligar para ela e eu vou buscá-la no trabalho, se ela não aceitar, é sinal de que tem coisa…

Homem triste, preocupado, depressivo (Foto: Shutterstock)

Oi minha linda, tudo bem ? Deixe o carro ai no trabalho hoje, eu vou te buscar para sairmos tá ?

Mais uma vez, o silêncio dela do outro lado do telefone… Ela deve estar pensando como sair dessa, mas para minha surpresa, eu apenas ouço: Lógico meu querido, já pode vir em trinta minutos.

O que é que essa mulher está aprontando ?!?! eu pensei.. antes de sair, eu me preparei um pouco mais para ficar cheiroso, passei na floricultura e comprei uma orquídea para ela, e por último, eu reservei uma suíte daquele hotel que ela achava luxuoso perto de casa… Minha meta era mantê-la ocupada, assim, eu teria frustrado o objetivo dela estar tão linda naquela
segunda-feira.

São 6h da manhã da terça-feira, eu e ela quase não dormimos, bebemos muito no hotel e acabamos de tomar um café ainda nos trocando para voltarmos para casa, nos trocarmos novamente, e fomos para o trabalho.

Porém, eu decidi ir direto para a cama em casa, mais tarde eu ligaria para o meu trabalho falando que estou indisposto.

Porém, algo está errado.. meia-hora depois ainda naquele mesmo quarto, aquela mesma mulher e que se dizia minha esposa, estava com a corda toda, parecia que tinha bateria 220volts, e estava ainda muito mais bem vestida e bonita do que o dia anterior. E agora, com um novo perfume que combinava com essa linda manhã de outono.

Eu já conclui !!! Como ela viu que eu não dei trégua ontem, ela fará a “besteira” no dia de hoje, terça, e como ela acha que eu estou cansado e não aguentaria fazer a mesma coisa dois dias seguidos, ela está se preparando para hoje.. Aí é que ela se engana…. deixa comigo.

Hoje, eu me arrumei muito melhor, fiz um almoço, afinal, já havia conseguido liberação do meu chefe, e fiz um almoço delicioso para nós em casa.. Eram 11h50 da manhã quando eu liguei para ela: Querida, eu vou te buscar ai para almoçarmos, te pego em 30 minutos, ok ? — a partir dai, ai se ela recusasse, ela se veria comigo. Mas para minha surpresa, ela respondeu: Que maravilha meu pretinho lindo !! — estarei la embaixo te esperando…

Humm !!! eu pensei, ela aceitou !!! então, talvez o encontro dela será a noite… Ela adorou o almoço feito em casa somente para ela, mesmo que eu não saiba cozinhar, mas ela havia gostado. Fora a decoração da cama com pétalas de rosa e o quarto a meia luz em pleno meio-dia… Eu lembro que somente 4hs da tarde eu deixe-a de volta no trabalho.. afinal, desarrumar um quarto e arrumar de novo consome tempo nao é ?!?!

Pronto.. o meu plano do dia havia sido perfeito, eu havia mantido-a ocupada.. agora, eu ainda não sossegava: ela deve ter ido tão bonita assim em plena terça e segunda por causa de alguma coisa… Diante dessa situação, só restava-me a seguinte situação: vou buscá-la no trabalho hoje, mas sem avisar. Isso mesmo, está decidido.

Eu coloquei minha roupa de caminhada e peguei o Rex — o nosso pastor alemão — para ser meu
cúmplice no plano.. Às 18h20 quando Rex e eu estávamos na frente do escritório dela, com uma caixa de bombons, esperando.

De forma como que de uma atriz profissional, ela sorri de felicidade, e vem em nossa direção, e me abraça e beija loucamente, fazendo que o Rex também quase suba nela.

E assim, voltamos caminhando e conversando para casa naquela noite. Chegamos em casa apenas 3 horas depois, mas eu conseguira mantê-la ocupada. 

E assim aconteceu desde aquela bendita segunda-feira… todo dia a mesma coisa… todo dia ela saia cada vez mais cheirosa e bonita.

Até que ontem a noite eu resolvi conversar com ela. Eu falei da minha dúvida desde o começo, e que queria descobrir o que estava acontecendo…

Ela então respondeu:

Meu amor, sabe que com tanta atenção, carinho, flores, almoços, passeios e etc.. que recebi de você, eu até desconfiei, e até achei que, para ser tão bonzinho assim comigo, voce deveria estar aprontando alguma coisa.. Por isso, eu também queria descobrir o quê estava acontecendo… e acabei “jogando o mesmo jogo” que você estava jogando contra ou a favor de nós ou de mim.

Então quer dizer que você não estava querendo fazer algo errado ao sair linda aquela segunda-feira ? — eu perguntei a ela.

Ela respondeu já se aproximando mais de mim: lógico que eu estava querendo, estava querendo chamar a minha e a sua atenção, que cada um de nós, deve acreditar no nosso carinho.. e manter isso sempre vivo…

Entendi — eu respondi — então, sendo que esses últimos 30 dias foram maravilhosos, eu acho que a melhor proposta para nós é a seguinte: vamos continuar “traindo” a nós mesmos com nós mesmos?

Ela, com aquele olhar de menina-mulher-menina e já tirando minha gravata respondeu: só se for para começar agora !!!

E essa foi é a história da minha esposa que eu peguei me traindo comigo mesmo… e eu gostei..


– Falando nisso, são quase 7h da noite, e essa minha amante-mulher-esposa-amiga não chega para termos um caso intra-conjugal.

domingo, 16 de novembro de 2014

6 dicas para o casal se soltar mais no sexo


Para algumas pessoas, a conquista, as preliminares e o ato sexual em si são coisas naturais.
Elas simplesmente sabem como agir, como ritmar cada movimento, como tornar cada momento cheio de charme e excitação.

Porém, como qualquer habilidade, seja desenhar, cantar ou dançar, nem todos nascem sabendo, mas é possível aprimorar as técnicas e tornar-se um PhD em qualquer assunto, inclusive os que envolvem prazeres sexuais.

Para hoje, preparamos uma lista com pequenos truques para ajudar quem ainda não consegue se soltar espontaneamente na hora do sexo, e assim ir treinando até chegar a perfeição:

1. Goste do seu corpo


Infelizmente, o bombardeio midiático deixou muitas mulheres e homens com vergonha do próprio corpo por eles não serem como os dos famosos nas revistas. Mas adivinha só? Nem eles são como nas revistas. Há coisas que só com retoque digital mesmo, pois não ter nenhuma marca é impossível e isso não faz absolutamente ninguém pior. Pelo contrário, te faz quem é: único!

Magrela ou cheinha, com celulite, estria, peitão ou peitinho, o que faz alguém sexy é a atitude e não o tamanho da bunda.
Quando alguém te desejar, aceite esse elogio, você merece!

Para começar relaxando com esse assunto, alguns rituais podem ajudar, como se preparar com um banho delicioso, passar um creme cheiroso, escolher uma roupa especial, tudo isso escutando uma música e curtindo um vinho. Faça desses momentos o seu momento e comece a vincular só memórias boas ao que antes era um trauma.

2. Passe um tempo com suas fantasias


Isso mesmo! Se até quando está só você e você mesmo ainda sente vergonha de pensar em sexo, precisa praticar o ato de se permitir.

Permitir que sente tesão e isso é normal, é humano. Que se excita com cenas eróticas. Que tem curiosidades sexuais e até fantasias, como algum lugar especial, uma roupa, um brinquedo, mais pessoas.

Tente ler e assistir filmes para ir se soltando. Para perceber que o que você sente e quer é completamente natural e então vão gostar até mais de você quando se sentir 100% em todos os aspectos da vida, sem inibições ou assuntos intocáveis.

Passe a comandar os próprios desejos!

3. Na dúvida, não pense


Um dos maiores vilões para os tímidos na cama são os próprios pensamentos. Racionalizar demais não combina com esse momento. Na hora do sexo o segredo é se jogar, fazer o que dá vontade, sem ficar pensando se a pessoa vai achar isso ou aquilo. Até porque, quem calcula demais a transa acaba parecendo um robô.

Se for muito difícil no começo esse exercício de não pensar em nada, uma forma de ir aos poucos é deixar que o outro assuma o controle, assim você simplesmente não se preocupa com nada, inclusive com a sua cabecinha pensante. Mas não vá se acostumar, é importante inverter os papéis de vez enquanto, hein?!

4. Troque figurinhas


Umas das técnicas mais infalíveis para acabar com qualquer vergonha é conversar com amigos confiáveis sobre seus temores. Bons amigos sempre são sinceros ao extremo e provavelmente vão te informar que nada do que você acha é estranho, pelo contrário, que precisa ousar mais.

Eles vão contar histórias, dar exemplos e aos poucos você vai ganhar mais confiança no que pensa, sente e quer, o que vai se refletir no que você faz.

5. Seja sempre honesto (a)


Se na hora H der aquele frio na barriga, ficar com vergonha de tocar, de apalpar, de avançar, não tem nada de errado em assumir que está rolando uma timidez, pelo contrário, a chance da outra pessoas achar isso interessante é grande.

Ela vai se preocupar em te tranquilizar, ir ajudando você a se soltar, fora que, ao demonstrar essa preocupação legítima, isso será um afrodisíaco e tanto para sua tensão se dissipar entre quatro paredes.

6. Invista em pequenos detalhes


Por fim, mas não menos importante, algumas coisas podem ser feitas no ambiente para te ajudar a ficar mais a vontade. Como uma música ambiente boa, uma meia luz acesa, algumas velas cheirosas ou incenso. Se receber ou fazer massagem te relaxa e te solta, tenha um pote de creme por perto para as preliminares. Descubra sutilezas como essas que te deixam com mais segurança e conforto para viver um prazeiroso momento sexual.

E você? O que faz para se soltar na hora do sexo? Qual seu segredo?

Fonte: 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

5 motivos para você fazer sexo com seu marido todas as noites

Por Meg Conley


Eu estava na manicure quando ouvi falar pela primeira vez que nem todas as esposas querem... hum... rolar no feno todas as noites com seus maridos. Eu tinha 16 anos e havia escolhido esmalte laranja. Levava um livro comigo, mas logo descobri outra fonte de entretenimento. Entre pinceladas e polimentos, as duas mulheres ao meu lado falavam sobre o quanto seus maridos queriam AQUILO e como elas pouco queriam dar AQUILO.

Para uma garota que ainda não havia saído sozinha com um rapaz, era um mundo totalmente novo. Eu suspeitei que sua experiência fosse mais realista do que as matérias da "Cosmo" que eu lia escondida enquanto fazia o cabelo no salão. (Onde devo colocar minha mão enquanto faço o quê?) Por isso mantive os olhos no livro, deixei as palavras fora de foco e escutei atentamente.

"Ele não sabe que estou cansada no fim do dia? Como se depois que as crianças finalmente dormem eu tivesse energia para fazer qualquer coisa além de me sentar e assistir um pouco de TV."

"Para mim não é nem a energia necessária. Ainda estou emagrecendo depois do bebê, e não me sinto sensual. Mal consigo tirar a roupa na frente do espelho, quanto mais na frente dele. Sinceramente, acho egoísta ele querer que eu finja sentir algo que não sinto."

"Egoísta? É uma boa palavra. Talvez se ele cuidasse das crianças quando chega em casa, ou fizesse o jantar de vez em quando, eu me interessasse mais. Puxa, basta pegar o leite na volta para casa. Não estou pedindo mais. Agora, pensando bem, acho que não fizemos nas últimas três semanas."

"É. Para nós faz pelo menos duas."

Espere. Aquelas mulheres eram casadas... elas viviam com um homem... que dormia em sua cama. Elas podiam fazer sexo o tempo todo! E não queriam? Não fazia sentido. Era como recusar uma sobremesa sem calorias mas deliciosa. (Ou pelo menos era o que eu pensava. Naquele momento, tudo o que eu sabia sobre romance era tirado de livros.)

Que triste. Que desperdício. Que idiota. Quando eu me casasse, eu sempre desejaria fazer sexo com meu marido! E nunca estaria cansada demais. Meu Deus, era simplesmente ridículo querer que ele trouxesse para casa um litro de leite só para provar que se importava. Era bem típico de uma mulher transformar uma ida ao mercado em uma prova de amor. Quando a última camada de esmalte foi aplicada em minhas unhas, jurei que nunca seria como elas. Minha vida seria diferente. Eu seria melhor. Nunca me sentiria gorda ou cansada demais.

Então eu cresci.

Intercurso, conhecimento carnal, fazer amor, cópula, coito, sexo -- era tudo o que eu, aos 16 anos, imaginava, com um pouco de creme chantilly por cima. (Chantilly, está vendo o que eu fiz aí?) E quando Riley e eu nos casamos houve muito, muito disso. Então tivemos um bebê e eu realmente fiquei tão cansada que meus ossos doíam. E por algum tempo me senti gorda. Mesmo depois que perdi o peso da gravidez, tudo parecia diferente. Como uma flor cortada que foi deixada ao sol, ainda linda, mas um pouquinho... murcha. Fiquei meio distante. Começamos a adormecer sem conversar ou nos beijarmos.

Então um dia, quando estava lavando os pratos, percebi que fazia oito dias que não nos tocávamos. Oito dias era muito tempo para nós. Mas a coisa que mais me incomodou foi que eu não tinha sentido falta. E sabia que isso era um problema. Então naquela noite, depois que pusemos o bebê na cama, fiz para Riley meu melhor olhar "chega mais". Sim, eu estava cansada e me sentia tão desejável quanto a mendiga da canção "Feed the Birds" em Mary Poppins. Mas enquanto secava a louça me ocorreu que a Meg de 16 anos devia entender algo sobre sexo que a Meg de 20 tinha esquecido. E talvez valesse a pena lembrar o que era.


Sem mais delongas, aqui estão cinco motivos pelos quais você deve fazer sexo com seu marido todas as noites:

1. Ser mãe, uma das expressões máximas da feminilidade, muitas vezes faz a garota se sentir despida de sensualidade. Há algo em ser coberta de vômito e atender a todas as necessidades de outro ser humano que nos faz sentir claramente neutras sexualmente. Passo a maior parte dos dias brincando com bonecas, limpando comida de bebê da minha roupa, trocando fraldas, enxugando baba da minha roupa, indo ao parque e limpando seja lá o que for aquilo da minha roupa. Há algo restaurador em beijar o rapaz que você ama. Às vezes, nos braços de Riley, eu me lembro de quem sou antes de perceber que esqueci. Sim, sou uma cozinheira, faxineira, professora e limpadora de mil coisas nojentas. Mas também sou algo mais, algo delicioso e completamente separado de minha funções. Sou uma mulher! E existe potencial e profundidade, e sou uma beijadora muito boa, também. É uma coisa adorável, encontrar a si mesma através do toque de outra pessoa.

2. Se você quiser que seu marido haja como um homem, deve tratá-lo como um homem. Não precisa revirar os olhos. Não estou forçando uma volta aos anos 1950. (Mas Deus sabe que uma era em que não existiam jeans de cintura baixa era ótima para mim.) As mulheres precisam que diversos requisitos sejam preenchidos para se sentirem amadas. Os homens são muito mais simples. Eles precisam ser alimentados, ser apreciados e fazer sexo. É isso. De verdade. Então faça o jantar ou peça delivery de vez em quando. Diga obrigada pelas longas horas passadas no trabalho com um abraço e um sorriso quando ele chegar em casa à noite. (Melhor ainda? Sorria enquanto lhe entrega as crianças e sai pela porta para uma longa e necessária pausa.) E, meu Deus, deixe o pobre homem vê-la nua. É surpreendente o que um bom homem fará por uma boa mulher que o fez sentir-se amado. Depois de algumas semanas de refeições e sexo, você se perguntará por que não insistiu mais cedo em transar todas as noites. Pense em um pequeno investimento com grandes lucros.

3. Vocês precisam ter todos os dias um momento só para os dois. Lembra daquele garoto que fazia seu coração disparar e suas mãos suarem? O que a chamava quando você esperava que o fizesse, que a fazia correr quente e alto, até as estrelas, até que você pensasse que nunca mais desceria? Ele ainda está lá. Embaixo dos anos, das contas e das preocupações, aquele rapaz sorridente continua apaixonado e precisa de sua menina sorridente. Toda noite, depois que as crianças forem dormir, há uma chance de reencontrá-lo. Um momento para você lembrar que está vivendo uma grande aventura e não há nada que vocês dois não possam fazer.

4. O sexo alivia o estresse. Não sei se esta precisa de muita explicação. Como mãe, eu como estresse no café da manhã. Por isso, me parece que tenho uma opção. Posso liberar a pressão a) dirigindo à meia-noite e batendo nas caixas de correio de estranhos, ou b) posso ser danada com aquele cara com quem me casei um dia. Eu escolho a opção b. (Até agora as caixas de correio do meu bairro escaparam ilesas, então a opção b deve estar funcionando.)

5. É diversão para valer. Sério. Por que somos tão rápidas para recusar as coisas boas da vida? Nós lutamos para entender a lição de álgebra de nossos filhos, fazemos Zumba em público e arrancamos os pelos do corpo um de cada vez. Mas diga a uma garota para fazer sexo toda noite e ela olha para você como se estivesse louca. Um orgasmo? Toda noite? Quem você pensa que eu sou? Uma supermulher ninfomaníaca?

Qual é a lógica disso?

Estamos realmente ocupadas demais lavando pratos para participar de uma atividade tão boa que inspirou gênios (aquele Shakespeare malicioso) e mudou a história (está bem, Helena de Troia, nós entendemos: você era superquente)? Meu Deus, que modo louco de viver. Senhoras, vocês já pensaram que devemos ter sexo porque o merecemos?

Sim, você merece.

Então, esta noite ponha as crianças na cama. Deixe os pratos na pia e o chão sem varrer. Eles podem esperar. Tire um momento para lembrar que você é a garota que esperava ser e então vá encontrar aquele garoto e lembre-lhe que ele é o homem que você sabia que seria.

Enxágue. Repita.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A receita do Papa Francisco para fazer o amor durar



O segredo está em entender de que amor estamos falando e em usar três palavras mágicas na vida cotidiana do casal

Hoje em dia existe muito medo de tomar decisões definitivas, como a de casar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo ao longo dos anos. O Papa Francisco fala deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela “cultura do provisório”, pois o amor que fundamenta uma família é um amor para sempre.

O que entendemos por “amor”?

Com a sabedoria e a simplicidade que o caracterizam, o Papa Francisco começa com um importante esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do “para sempre”, muitos dizem: “Ficaremos juntos enquanto o amor durar”.


Então, ele pergunta: “O que entendemos por ‘amor‘? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se oamor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus.”

“O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos”, acrescenta.

Três palavras mágicas para fazer o casamento durar



O Papa esclarece que o “para sempre” não é só questão de duração. “Um casamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos.”

E fala sobre a convivência matrimonial: “Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (…) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: ‘posso?’, ‘obrigado’ e ‘desculpe'”.

“‘Posso?’ é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: ‘A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor‘. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia.”

“Obrigado': a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (…) É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se ‘obrigado’. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer ‘obrigado’ para caminhar juntos.”

“‘Desculpe': na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: ‘desculpe’. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã.”

Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: “Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita…”.

E conclui: “Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente.”

Fonte: Aleteia

Enviado ao nosso blog por Cátia Villanova Soares

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Mensagem às Famílias-Lares


Iniciamos, dentro do mês vocacional, a semana da Família, por isso somos convidados a orar pelas famílias, refletir sobre a família e celebrar a vida familiar. 

Paremos um instante, tiremos um tempo para estar no silêncio de nosso coração e meditemos nos valores, nas riquezas, nas alegrias que nossa família nos proporcionou. 

Mergulhemos, por instantes, no mistério do amor de nossos pais, em sua capacidade de entrega, de compreensão, dedicação e amor. Viajemos, silenciosamente, pela trajetória percorrida pelos nossos pais e por nós com eles... 

Debrucemo-nos no aconchego do regaço de nossos pais e sintamos o pulsar de seus corações, ora felizes, ora machucados, ora tranquilos, ora preocupados e até angustiados com o futuro de seus filhos, com a transmissão dos valores éticos, morais e religiosos. 

Permitamo-nos derramar algumas lágrimas por não termos valorizado nosso lar como ele merecia, por não termos vivido com a profundidade de quem tem um tesouro inestimável. 

Sim deixemos verter uma lágrima por não termos bebido, até, com avidez da riqueza da ternura, o carinho, na fonte que é nosso lar. 

Sim, derramemos mais uma lágrima por nãos termos sido suficientemente agradecidos, por aqueles que jamais pensaram em si, mas apenas em nós. 

E depois de enxugarmos as lágrimas, entoemos um cântico de ação de graças, de alegria pelo dom de termos recebido de brinde um lar, onde aprendemos os valores fundamentais da vida humana, como o respeito, a justiça, a retidão de caráter, a convivência fraterna, o diálogo consciente e generoso. 

Entoemos mais um hino pela família, porta que nos deu a vida e o aconchego. 
Exaltemos, nesta semana, especialmente, a figura do pai, indispensável, imprescindível e determinante na formação de nossa personalidade. 

Exaltemos a sua figura, fragilizada, na sociedade de hoje e, sobretudo, muitas vezes, desfigurada pela cultura do liberalismo. 

Exaltemos a figura dos pais conscientes de sua vocação, responsáveis, presentes, participantes ativos no desenvolvimento da vida de seus filhos que junto com as mães, mestras da vida, nossa força e confiança, colo indispensável e refúgio permanente, constroem a família, o lar. 

Nada mais especial do que o dia dos pais ser comemorado no dia que se inicia a semana da Família! 

Parabéns pais por seu dia. 

Parabéns famílias-lares. 

Parabéns santuários da vida e escolas de formação humana e cristã. 


Pe. Xiko

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Após proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas

A proibição das punições físicas a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979



A Suécia, primeira nação do mundo a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.

"De uma certa forma, as crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos conversam à mesa, interrompem as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento que os adultos", ressalta.

O livro "Como as crianças chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das punições físicas - incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em 1979 - levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das crianças.

"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.

"Nós vemos muitos jovens que estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular na Suécia", diz o psiquiatra.

Suas teses são contestadas por outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes. "A Suécia se inspirou sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram culturas diferentes".

O debate sobre o mau comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola, onde os problemas de socialização ficam mais evidente.

No início de outubro, o jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7 anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha vida", conta à AFP.

Quase 800 internautas comentaram a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse de subir nas prateleiras".

Após um estudo de 2010 sobre o bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".

Um de seus principais ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição, nem sempre é uma panaceia.

"Os pais são instruídos a adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito que é muito mais grave quando as crianças são mal-tratadas (...), quando elas recebem uma educação brutal", avalia.

Marie Märestad e o marido, pais de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair", relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad, que é personal trainer em Estocolmo.

O curso a ajudou a "não lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela, as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".

Segundo Hugo Lagercrantz, professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos (...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.

Ele vê, contudo, algumas vantagens nesse estilo de educação. "As crianças suecas são muito francas e sabem expressar seu ponto de vista", afirma. "A Suécia não valoriza a hierarquia e, de uma certa forma, isso é bom. Sem dúvida, esta é uma das razões pelas quais o país está relativamente bem do ponto de vista econômico".

A incrível geração das mulheres chatas





Por Mariliz Pereira Jorge

Não faz nem um mês eu disse aqui que a melhor desculpa de uma mulher que está sozinha é que não tem homem no mercado. É muito boa. Mas tem uma que disputa à faca o primeiro lugar: estou sozinha porque os homens têm medo de mulheres independentes.

Uma ova.

E posso afirmar: a cada minuto que você reclama, tem outra mulher também independente e bem sucedida - mas muito mais esperta do que você - sendo bem sucedida na dança do acasalamento. E você aí, sozinha no bar com as suas amigas independentes, com suas bolsas caras, indo dormir sozinhas, reclamando da morte da bezerra e dos homens. Aqueles ingratos.

Não sei de onde tiraram essa ideia de que a vida só mudou para as mulheres. 

Não é possível que a gente acredite mesmo que fomos criadas para ganhar o mundo, estudar, disputar vagas de trabalho, fazer o imposto de renda, encarar hora extra, sair sozinha com as amigas, e que ninguém contou nada aos homens. Enquanto isso, os pobres empacaram no tempo e, portanto, hoje temos que conviver com trogloditas que ainda esperam casar com a dona Baratinha.

Tenho um irmão 11 meses mais novo do que eu. Crescemos na mesma casa, com os mesmos pais. Nós dois vimos minha mãe trabalhar a vida inteira, chegar em casa muitas vezes depois de todo mundo, dividir as contas da família no papel, fazer uma comida mais ou menos, viajar sozinha no Carnaval porque meu pai sempre detestou os dois.

Saídos da mesma fôrma, eu ganhei o mundo. Meu irmão casou antes dos 20 anos. Não estou contando nenhuma história que não seja a mesma de quase todo mundo que eu conheço. Esse discurso de que os homens não estão preparados para essa nova mulher seria revolucionário na época da minha avó, que se separou aos 50 anos, decidiu aprender a dirigir, fez vestibular para educação física e foi procurar emprego - porque, até então, o único duro da vida da dona Dorah tinha sido criar quatro filhos. Talvez tenha ficado mal falada na cidade. Mas era a minha avó, no tempo da minha avó.

Essa ladainha em 2014 não dá.

Quando é que a gente vai cansar de se fazer de vítima e parar de encarar os homens como incapazes? Se a gente se adaptou aos novos tempos, eles também. Ainda precisamos de ajustes aqui e ali, mas está tudo bem.

Eu não convivo com homens despreparados para essa nova mulher que sou eu, você e quase todo mundo. Tenho amigos homens, e eles querem, sim, mulheres parceiras e não dependentes. Choram no meu ombro por causa de pé na bunda. Reclamam de mulher que não vale nada. Ficam perdidos sem saber como agradar essa fulana que, na verdade, não sabe o que quer porque cresceu acreditando que pode querer tudo. E pode. Só deveria parar de encher o saco.

Fizemos as nossas escolhas, eles fizeram as deles. Nenhuma mulher é igual. Assim como qualquer cara pode vir com mil variações do que a gente aprendeu a conhecer por macho. Tem todo tipo por aí. Mas com todos os requisitos que a tal nova mulher - que de nova não tem nada - quer, não sobra um na face da terra que baste.

Inteligente. Óbvio. Antenado. Com certeza. Remediado. Tem remédio? Fodão. O tempo todo. Bem humorado. É o mínimo. Frágil. Nem pensar. Imaturo. Socorro. Machista. Deus me livre. Glúten free. Pra quê? Fiel. Possível. Rico. Com a graça de deus. Comprometido. Por que não?

Esqueça.

Eu agradeço por nunca ter tido um único namorado que não me quisesse da forma como eu fui criada. Ganho o meu dinheiro, bebo uísque, gosto de futebol, dirijo super bem, cuido do meu imposto de renda sozinha. Sei pregar botão, ainda que torto, não sei nem por onde começa a receita de suflê de cenoura, só vou ao supermercado pra comprar vinho e no dia em que tive que aprender a diferença de alvejante e água sanitária, dei um Google.

Compro bolsas caras, saio sozinha com as minhas amigas e nunca fui cobrada por ter que trabalhar domingo ou terça à noite. Neste momento em que escrevo e tomo vinho tem um cara lá na cozinha preparando o jantar. Um cara que me escolheu do jeito que eu sou, que vibra com as minhas vitórias e me salvou de jantar miojo ou cerveja pelo resto da vida.

Meus pais nunca perguntaram quando eu iria casar ou quando lhes daria netos. Mas sempre torceram que eu encontrasse um companheiro para dividir a vida. Eles se orgulham muito do caminho que eu quis seguir e nunca me fizeram pensar que escolher ser bem sucedida significaria ser mal amada. Conheço uma penca de gente que tem os dois porque isso aqui não é uma competição. Todo mundo quer a mesma coisa. Eu, você, o Arthur, o Marco, o Fernando, o Rodrigo, o João, a Cris, a Camila.

Todo mundo quer um chinelo velho pro seu pé cansado. Quer sossegar o rabo num relacionamento feliz e cheio de cumplicidade, de parceria, de mãos dadas no cinema, de silêncios que signifiquem enfim sós.

Chega desse discurso de ser mal compreendida pelo mundo e pelo homens. Tem muita gente avulsa por aí. Dos dois lados, por inúmeras razões. Se você acredita mesmo que ninguém te quer porque é independente e porque os homens não sabem lidar com isso, só quero lhe dizer uma coisa: você está sozinha porque é chata.

Vou jantar, porque depois tem uma pia de louça me esperando. 

Justo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não tenha filhos!


Não tenha filhos se você quiser tê-los para salvar seu casamento, para mudar a sua vida, para ter alguém para cuidar de você na velhice ou, simplesmente, porque todas as suas amigas estão tendo.

Ter um filho não é segurança para casamento algum. Pelo contrário, se as coisas já não estão bem, o marido vai abandonar o barco no primeiro momento de stress que vocês viverem, o que, vamos ser sinceras, não é nada raro após a chegada de um bebê.

Ter um filho também não vai mudar sua sua vida. Quer dizer, a sua vida até irá mudar, mas a sua forma de encarar o mundo continuará absolutamente a mesma você não crescer por dentro. Se você quer ter um filho porque está infeliz, quer novos desafios ou quer dar um sentido para a sua vida, então vá fazer terapia, inscreva-se em alguma aula de artes marciais ou faça uma viagem daquelas bem bacanas, que a gente guarda na memória para sempre.

E lembre-se que ter um filho também não é garantia de cuidados na velhice. Se você quer ter um filho para ter certeza que alguém olhará por você quando os anos baterem à porta, esqueça. Ninguém está pronto para ser pai ou mãe quando nessa experiência quer mais receber do que dar. Aqui, a história é outra.

Se para você ter um filho é importante simplesmente porque todas suas amigas estão tendo e você não quer ficar para trás, então desista já dessa ideia. Ou você também vai querer mudar a cor do cabelo porque a sua amiga mudou, se divorciar porque a sua amiga largou o marido ou mudar para Bangladesh porque ela recebeu uma proposta de trabalho lá? Quer fazer o que as amigas fazem? Combinem uma viagem juntas, vá ai cinema com elas, marquem um almoço num final de semana. Mas deixem os filhos fora dessa.

Por outro lado, tenha filhos se você estiver disposta a abrir mão, a mudar de opinião, a dar mais que receber, a passar noites em claro, a reclamar menos, a se preocupar mais, a aceitar que as coisas saem do rumo, a dar o braço a torcer, a não perder as esperanças. Ou então, se você já aprendeu o significado das palavras resiliência, esperança, fé, calma e paciência e se você sabe colocar todos esses conceitos em prática.

Por fim, tenha filhos por eles, e não por por você. Tenha filhos pelo amor que você será capaz de dar, e não de receber. Tenha filhos pela prazer da entrega, da renúncia e do aprendizado. Porque só assim, sabendo que abrir mão é necessário, que fazer escolhas é imprescindível e que algumas perdas farão parte da jornada você conseguirá viver plenamente a experiência da maternidade e aproveitá-la na sua real intensidade.

Dormimos juntos, acordamos separados...


Por Denise Molinaro

Cada um faz o que quer.

Nunca ouvi tanto essa frase como agora. Só que se todo mundo só fizer o que é de vontade própria, ninguém mais ajuda o outro, considera o outro, trabalha a preocupação de se tirar de cena para fazer algo em prol do sorriso alheio.

Quem só faz o que quer está preparado para receber alguém que possa lhe dedicar os mais nobres sentimentos? A vida não vai nos tratar bem em todas as ocasiões, nem com as princesas da Disney é assim, e note que no lúdico tudo é possível.

Não cuidar das coisas dos outros como se fossem nossas, não ter paciência para fazer tentativas, enaltecer os defeitos, esquecer de fazer elogios (ou pior – achar que isso não é preciso). Que capítulo da responsabilidade com os sentimentos alheios nós perdemos? Como vamos fazer para adquirir destreza com as adversidades da vida?

As pessoas não se amam mais, elas se consomem. Um erro e está decretado o afastamento. Ela usa estampa selvagem. Ele não come japonês. Ele não tem carro. Ela mora com os pais. Ela não gosta de Game of Thrones. Não quero mais. Volto para o Tinder, o catálogo digital das relações sexo-afetivas efêmeras.

Eu preciso do outro para alguns momentos, não para todos.

Não pedimos mais desculpas, não sentimos a necessidade de dar uma satisfação. Dormimos juntos. Acordamos separados. Nunca mais vamos nos encontrar. Postamos no Instagram a frase “mais amor por favor”, mas não exercemos essa condição.

O egoísmo condiciona nossas fraquezas. Os sentimentos negativos existem para nos treinar. Precisamos todos sair do centro do nosso bem-estar. Não tome uma pílula para diminuir a tristeza, experimente colocá-la pra fora. Não engula seu luto, não sofra a conta-gotas. Experimente viver com decência e coragem todas as sensações da falta de alegria. Nada é tão ruim quanto parece. Os desapontamentos têm função decretada em nossas vidas.

São múltiplas as exigências para atender o ego. Como seria se você dedicasse sua vaidade ao exercício da sua inteligência, da sua simpatia? Nosso orgulho não pode durar uma encarnação e meia, mas nossa capacidade de nos tornarmos pessoas melhores pode ser eterna. A barreira narcisista com passagem só de ida é um desrespeito com a felicidade. Com a dos outros e com a sua. Não se iluda!

As pessoas malham, ingerem orgânicos, vestem grifes, aplicam botox, viajam de primeira classe em 10 x no cartão, mas o sedentarismo intelectual é notável. Gritante. Desesperador.

Seu consumo cultural e emocional é você mesmo? Volte dez casas no tabuleiro e vamos começar tudo de novo, precisamos de gente de verdade.

Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/dormimos-juntos-acordamos-separados-sobre-relacionamentos-na-era-do-tinder/

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer


Por Ruth Manus

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.

O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens, homens e velhos homens.

O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?

Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.

Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.

Mas, escuta, alguém lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?

Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.

“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”

Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.

O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?

E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.

No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta.

sábado, 12 de abril de 2014

Encontro de Noivos Abril/2014

Nossa Pastoral Familiar realizou com êxito, nos dias 10, 11 e 12 de Abril, mais um Encontro de Noivos em nossa paróquia.
Neste encontro a coordenação ficou a cargo do Casal Lurdes e Juventino Russi.
Confiram algumas fotos do evento:

Palestra Dr. Rogerio Pozzobon

Intervalo das palestras

Ambiente descontraído

Bate-papo entre noivos e homens casados

Bate-papo entre noivas e mulheres casadas

Entrega das flores às noivas


"Aí tem coisa!"

Encerramento das palestras


Apresentação da banda Classica


Entrada dos membros da pastoral e noivos à missa




Momento da Crisma




Demais fotos podem ser visualizadas em nossa página no facebook.
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segunda-feira, 17 de março de 2014

Meu filho: você não merece nada!


A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada

Por Eliane Brum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a "injustiça" e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam "felizes". Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que "fulano é esforçado" é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do "eu mereço".

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: "Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil"? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: "Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua". Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: "Olha, meu dia foi difícil" ou "Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso" ou "Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir". Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

sábado, 15 de março de 2014

Encontro de Noivos Março 2014

Realizamos, nesse final de semana, mais um Encontro de Noivos.
Agradecemos aos palestrantes: Pe. Xiko, Ione e Toninho Zamberlan e Dr. Rogério Pozzobon por mais este trabalho bem-sucedido.
Abaixo algumas fotos do evento:

Pe. Xiko em ação



Casais participantes

Casais participantes

Casais participantes

Início da palestra com Dr. Rogerio Pozzobon

Palestra Dr. Rogério Pozzobon: saúde e planejamento familiar


Conversa entre noivos 

Conversa entre noivas

Noivos entregando rosas: "parte prática" ..eh eh eh

Encerramento do Encontro

Participação dos noivos na missa da tarde


Demais fotos estão disponíveis em www.facebook.com/minhafamiliaminhafortaleza.
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