sábado, 29 de junho de 2013

Casais que bebem juntos tem menos problemas

Fuja das brigas desnecessárias. A ciência garante que beber com sua esposa dá certo!*


Cansado de ser repreendido por chegar mais tarde por conta do happy hour? Bem, a ciência sugere uma solução mais prática, meu caro. Por que não beber com sua mulher? Dizem os estudos que funciona muito bem.
Segundo o psicólogo Ash Levitt, líder do estudo aplicado nos Estados Unidos, beber junto é “claramente positivo” para o relacionamento. “Indivíduos que bebem com o parceiro têm níveis mais altos de intimidade e menos desentendimentos no dia seguinte, em comparação aos que bebem sem a companhia do parceiro”.
Essa é a conclusão dos pesquisadores que analisaram o comportamento de 69 casais heterossexuais. 
Claro, os voluntários apresentaram sempre um nível baixo de consumo de álcool. Afinal, quem é que vai se dar bem com alguém após doses cavalares de uísque? Agora, se você não consegue se imaginar num bar com sua esposa, o seu problema pode ser muito mais sério…

Fonte: Revista Exame - 16 jan. 2013.

* Somente tive acesso a este artigo DEPOIS que casei. O Administrador do blog.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O valor de uma família


"A construção de um lar é uma obra de arte, é uma tarefa nobre para os que têm consciência, é a maior obra que um ser humano pode construir, pois edifica a casa da vida, o recanto do amor, o caminho da realização, a fonte da segurança."


Por Pe. Xiko

Todos nós temos consciência do valor e da importância de se ter uma família e uma boa família. Sabemos dos desafios que se impõem para constituir uma família, mas sabemos também das imensas alegrias que nascem e são vividas nela.
Por mais que falemos sobre família, nunca diremos tudo,e nos deparamos com situações e surpresas constantes, pois além do que vemos e vivemos, enfrentamos sempre novidade e mistérios impenetráveis.
Ao refletirmos sobre família constatamos que uma das exigências maiores no mundo de hoje é a necessidade de preparação, de formação, de conhecimento da pessoa humana e das diferenças psicológicas entre homem e mulher, porque o casamento não destrói nem diminui as diferenças, mas as aperfeiçoa.
Nestes tempos modernos e bicudos não basta apaixonar-se, querer-se bem, ter boas intenções ou alimentar maravilhosos sonhos, é preciso cultivar fortemente o diálogo e o espírito de tolerância, compreensão e, sobretudo, aprender e exercitar o perdão, sem nunca descuidar dos gestos de carinho de delicadeza, de ternura.
A construção de um lar é uma obra de arte, é uma tarefa nobre para os que têm consciência, é a maior obra que um ser humano pode construir, pois edifica a casa da vida, o recanto do amor, o caminho da realização, a fonte da segurança. É, pois, a melhor escola de formação humana.
Felizes aquelas famílias que não economizam gestos de carinho,amor e doação.
Felizes aquelas famílias que priorizam sempre o diálogo e para isso nunca acham desculpas para adiá-lo ou suprimi-lo.
Felizes aquelas famílias cujos familiares tiram tempo para estarem juntos, para conviver, festejar, sorrir e, se necessário, chorar.
Felizes aquelas famílias que sempre dão espaço para Deus, onde Ele não é um supérfluo, mas o ponto de referência, de segurança e confiança.
Felizes aquelas famílias que guardam a porta aberta aos amigos;que não se isolam, não se fecham sobre si mesmas, mas estão abertas e convivem com outras no intercambio da amizade.
Felizes aquelas famílias que priorizam a vida, a convivência, o respeito e o amor generoso.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A construção de uma família estruturada

"Qualidade da educação oferecida aos filhos é fundamental para a construção de uma família bem estruturada"


Todo casal que decide viver junto e ter filhos almeja dar-lhes a melhor educação e construir uma estrutura familiar unida e feliz. Mas o que exatamente isso significa? Segundo a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria, de São Paulo, uma família unida não precisa ser necessariamente aquela dos comerciais de margarina, em que todos parecem sempre felizes ao se reunirem diariamente na mesa do café da manhã.
“A condição de família bem estruturada depende obrigatoriamente da qualidade da educação oferecida aos filhos dentro de casa. Família feliz é aquela que dá condições às crianças de lidar com diversas situações com segurança. Por isso, a presença dos pais na educação é fundamental, porque o filho precisa ser acompanhado, reconhecido e respeitado. Estar junto não significa estar grudado 24 horas por dia com a criança, mas ajudá-la a perceber suas dificuldades e entender o que ela sente”, diz.
Conversar e ouvir o filho não significa deixar de impor limites. Desde cedo, ele deve entender que tem liberdade de escolha para algumas coisas e para outras não, como a hora de dormir, de comer e de escovar os dentes, por exemplo. Por mais que a criança faça birra, esperneie ou grite no momento em que algo lhe for negado, a conversa é sempre o melhor caminho.
“Dizer ‘não’ é ensinar a criança que determinado comportamento não é certo, embora muitas vezes isso possa ser exaustivo. Gritar ou bater na criança só piora a situação. O ideal é os pais dialogarem com o filho para criar uma relação de confiança e de cuidado”, diz. Assim, os momentos difíceis se tornam oportunidades de crescimento para todos.

Modelos familiares
Durante muito tempo, o papel da mãe na família era a da dona de casa, comprometida com os afazeres domésticos e o bem-estar do marido e dos filhos, enquanto o pai trabalhava fora e exercia autoridade dentro de casa. A criança também era vista de forma diferente, como um pequeno adulto que, na maioria das vezes, não era levado a sério. No entanto, as mudanças socioeconômicas e culturais imprimiram um novo conceito de família à sociedade atual.
Nesse novo cenário, não existe um padrão para as representações de paternidade e maternidade. O homem não é mais uma figura autoritária, a mulher concilia seu trabalho com a vida doméstica e, muitas vezes, a casa é dirigida apenas por uma pessoa, no caso de pais solteiros ou separados. Nesse caso, o importante é que os adultos tenham o compromisso com a educação do filho, tarefa que exige amor acima de tudo, conhecimento e grandes doses de paciência.
Um ambiente familiar em que todos se respeitam é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança, que irá fortalecer seus princípios e valores por meio das relações que ela tem com os pais ou responsáveis. “A construção de uma família unida começa pela consciência que os adultos devem ter de que o filho os vê como referência, sempre”, diz Daniella.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Redução da maioridade penal

O debate da hora diz respeito à redução da maioridade penal, que encontra nos 18 anos a principal baliza divisória. Não ao acaso disse principal baliza, dada a possibilidade de responsabilização do indivíduo já desde os 12 anos, por medidas socioeducativas, que vão da simples advertência até a internação, nos casos mais graves. Na esteira do populismo penal, que de forma açodada prega o encarceramento como solução para tudo, temos ouvido, sentido e absorvido diuturnamente o mote redução da maioridade, como se isso fosse resolver a criminalidade no meio juvenil. Não que os adolescentes sejam inocentes sem capacidade de entender o caráter ilícito de seus atos; muito pelo contrário e longe disso! Eles têm aptidão para diferenciar o certo do errado e devem, sim, ser responsabilizados. A questão central, até agora apenas tangenciada, não diz com severidade ou não das punições aos adolescentes, com o que concordo plenamente. O problema é que as penitenciárias são verdadeiras escolas do crime.


Hoje, a quase totalidade dos crimes graves tem origem no sistema prisional, onde os delinquentes convivem, trocam experiências, planejam e dão ordens para execução dos mais bárbaros delitos. O cárcere tem servido de universidade já para os adultos. Imagine o que dizer de adolescentes, com personalidade já em incipiente desvio, mas ainda em (de)formação, em contato com os delinquentes maduros nesse ambiente hostil, inóspito e catalisador de violência pura. Engana-se quem pensa encontrar no aprisionamento dos adolescentes a solução mágica para a brutalidade crescente no seio da juventude. Essa medida viria como potencializador da bestialidade que avança a cada dia, tomando contornos cada vez mais preocupantes.
O que resolve é criança na escola, preferencialmente em dois turnos, longe do álcool e das drogas, realizando práticas esportivas, aprendendo a conviver e a ser útil. O que faz a diferença mesmo é pai e mãe presentes, protagonizando papel que se espera do genitor. O que influencia é política pública de acompanhamento familiar, como coadjuvante de formação da personalidade adequada, levando o infante a distinguir o certo do errado. O que decide é mostrar um horizonte profissional que estimule o adolescente a trilhar uma vida sadia e produtiva.
Ao final, reitero posição no sentido de entender necessário responsabilizar de forma enérgica os adolescentes infratores. Mas não posso concordar com a postura apenas reativa de trabalhar na consequência. Temos de ser firmes, mas razoáveis e inteligentes. Precisamos promover essa responsabilização sem que haja o maior embrutecimento desses indivíduos, que serão, ao fim e ao cabo, sempre devolvidos ao convívio social, melhores... ou piores.

Marcelo Arigony
Delegado Regional de Polícia

Enviado por: Tânia de Oliveira

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Sociedade grita por mudança e desaprova a violência

Se estamos preocupados com a unidade da família, então estamos preocupados com o futuro de nossos filhos. 
Não podemos, portanto, ficar alheios a tudo que está ocorrendo ao nosso redor. As manifestações da população refletem as mazelas que causam a ela constante sofrimento, impedindo a promoção de valores essenciais a toda uma sociedade, como fraternidade, justiça e esperança de um futuro melhor, já anunciado e prometido por nossos representantes há muitas gerações.
Nesse contexto, vemos sim a importância da formação de cidadãos responsáveis, honestos e úteis a sua comunidade no seio familiar, tão importante para os avanços sociais necessários em nosso país.
Assim, vemos nas palavras de Dom Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo de Vitória do Espírito Santo, um posicionamento sério e firme sobre as manifestações, ao qual nos alinhamos perfeitamente.



A Sociedade grita por mudança e desaprova a violência

Damos graças a Deus pela consciência cívica de nosso povo brasileiro que, pacificamente, manifesta a sua esperança. As questões são urgentes e precisam ser levadas a sério pelas autoridades eleitas para servir o povo.

Aconselhamos as autoridades constituídas a refletirem e acolherem as demandas da sociedade que grita nas ruas das cidades brasileiras. Ouçam este grito de esperança e apresentem, urgentemente, projetos concretos. Priorizem a educação, criando escolas em tempo integral e para todos; priorizem a saúde, tirando as pessoas dos corredores dos hospitais e garantindo acesso ao médico e ao remédio; priorizem a segurança, valorizando a polícia com bons salários, boa formação de tal forma que possam defender as pessoas, os bens públicos e contribuir para a paz; priorizem o compromisso com o uso justo e correto do dinheiro público, dando exemplo seja qual for a instância de serviço.
A sociedade reconhece a importância e a necessidade da proteção policial e repudia qualquer desvio desta conduta.
A sociedade cansou dos desmandos e desvios de alguns que deveriam zelar por ela e por seus recursos.
A sociedade reprova nas ruas as atitudes de indivíduos que destroem os bens privados e públicos. Atitudes como estas desviam o grito de esperança do povo.
Violência é sinal de ignorância! Violência não! Mudanças sim.
A sociedade quer progresso e paz, quer vida para todos!

Parabéns Brasil pelo grito de esperança!
Deus abençoe a todos e Nossa Senhora da Penha proteja o nosso povo


Dom Luiz Mancilha Vilela, sscc
Arcebispo de Vitória do Espírito Santo
Vitória, 19 de junho de 2013

Papa Francisco sobre o batismo de filhos de mães solteiras

A Igreja não deve fechar as portas a ninguém, nem mesmo a uma mãe solteira que pede o batismo para o filho. O pontífice, na homilia em Santa Marta, lança um apelo à Igreja para que não se transforme em uma espécie de “alfândega pastoral”, com controladores da fé em vez de pastores prontos para acolher aqueles que batem à porta.

O Papa Francisco dá um exemplo concreto: “Pensem em uma mãe solteira que vai à igreja, à paróquia e ao secretário: ‘Quero batizar meu filho’. E depois esse cristão, essa cristã lhe diz: ‘Não, você não pode porque você não é casada!’. Mas, veja, essa jovem teve a coragem de levar adiante a sua gravidez e não devolver o seu filho ao remetente, e o que ela encontra? Uma porta fechada! Esse não é um bom zelo! Afasta do Senhor! Não abre as portas! E assim, quando nós estamos nesse caminho, nessa atitude, nós não fazemos bem às pessoas, ao povo, ao povo de Deus. Mas Jesus instituiu sete Sacramentos, e nós, com essa atitude, instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral!”.


Mais uma postura adotada pelo nosso Papa que demonstra sua grandeza e sabedoria.

Fonte:  http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/


quarta-feira, 19 de junho de 2013

O polêmico debate sobre a "Cura Gay"

"No diálogo entre ciência e religião nós temos notado um crescimento, mas na prática não tem sido muito fácil”.

A causa gay passa por um momento de ampla discussão em vários países. Recentemente, a França aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que gerou revolta por parte dos contrários a decisão. No Brasil, o tema ganhou força depois que o presidente da Comissão dos Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano, levantou a bandeira contra a união dos homossexuais. Inclusive, definindo esse desejo como doença. Tema que será discutido essa semana na comissão. O fato é que os homossexuais existem e precisam ter seus direitos discutidos. No Brasil, país mais católico do mundo, a religião não poderia ficar de fora do debate polêmico. Para tratar desse assunto, apresentamos uma entrevista com o padre, pesquisador e professor universitário Alexander Mello Jaeger. Ele pertence à Diocese de Frederico Westphalen, mas trabalha em Passo Fundo desde 1991. Tem formação em Filosofia, mestrado em Teologia e atualmente desenvolve sua tese de Doutorado. É professor de Teologia Dogmática, que se trata do estudo de todos os temas Teológicos fundamentais da fé. Também ministra aulas de Filosofia da Religião e Introdução ao Pensamento Teológico, além de desenvolver trabalhos pastorais na paróquia da Vila Fátima.


O que o senhor pensa sobre o casamento gay?

Alexander – Penso que quando falamos em casamento estamos tratando de uma instituição que precisa ser bem definida. Entendo que o casamento precisa ter algumas funções contempladas, entre elas está a possibilidade de procriação. E isso não é possível no casamento homoafetivo, somente a adoção. Depois nós temos o aspecto da complementariedade de pessoas onde está ligada à afetividade, isso sim é possível. Mas também dentro da concepção de casamento está o conceito de família, que não sua forma psicológica e biológica está orientada para o equilíbrio entre o masculino e o feminino. Então o termo casamento para as uniões homoafetivas eu considero inapropriado. Agora, reconhecer a união para outros fins como partilhas de bens, de questões de saúde, isso sim. Ou seja, o reconhecimento da união de fato. A sociedade deve dar todo o aparto jurídico.

 Há condenação clara na Bíblia para esse tipo de prática sexual?

Alexander – Há uma condenação explícita, inclusive com palavras fortes, definindo como graves depravações. Mas quando nós pegamos trechos bíblicos é preciso prestar atenção porque são livros escritos há mais de dois mil anos. No antigo testamento, antes mesmo de Cristo, se prevê inclusive condenações a morte por essa prática. Os textos bíblicos precisam ser lidos no contexto em que foram escritos e dentro das condições do que se entendia naquela época e há muitas coisas que hoje nós conseguimos explicitar melhor. Com relação à homossexualidade ainda não temos uma definição clara da ciência, nem genética, biológica ou psicológica. Hoje não nos dão certeza do comportamento ou da constituição de uma pessoa homoafetiva, portanto é algo que prevalece com várias hipóteses científicas, mas com alguns aspectos de consenso. Por exemplo, aqueles que geneticamente nascem com dois órgãos genitais ou que tem a produção hormonal diversa, ou ainda que possuam uma educação familiar ou cultural dentro dessa linha. Por isso que as religiões também caminham conforme as descobertas científicas. Tome como exemplo a ideia de que terra é o centro do universo. Ninguém mais diz que o sol gira entorno da terra, mesmo que isso esteja escrito na Bíblia. Pois sabemos por meio de descobertas que é a terra que gira entorno do sol. Na medida em que coisas são definidas, ocorrem mudanças comportamentais e de postura. Os textos não são mais lidos, principalmente pelo catolicismo, de forma literária, mas sim com análise contextualizada.

Se tratando de alterações de comportamento, o senhor não acha que essa campanha midiática em favor da liberdade sexual pode incentivar até os que não possuem essa orientação?

Alexander – Eu vejo pouca incidência para o incentivo da prática. Penso que existe aquela curiosidade natural do ser humano dentro de uma sociedade de várias experiências, onde poderá acontecer buscar por experiências nessa área. Mas as pessoas se definem dentro daquilo em que elas se sentem melhor. Hoje nós temos menos discriminação, mas mesmo assim o preconceito é grande mesmo que haja propaganda em favor dessa liberdade. Acredito que essa ideia ainda não entrou na consciência das pessoas. O problema é quando não se tem explicação, então na medida em que houver explicação mais clara, racional e com fundamentação a aceitação vai ocorrendo. As pessoas se perguntam se isso é normal ou não? E no momento não há resposta.

Isso quer dizer que a Igreja tem buscado comprovações científicas para defender suas crenças?

Alexander – É preciso diferenciar as igrejas e comportamentos. As igrejas clássicas, históricas, com mais de quinhentos anos, elas tendem hoje a dialogar mais com a ciência e vise versa. Mas existem posturas de ordem de fé que a ciência não possui capacidade para definir. Por exemplo, o respeito a vida. Isso se dá por uma postura ética, moral e religiosa, e não por uma posição cientifica. A ciência constata onde há vida, mas não como devemos agir com essa vida. Se ela pode ser manipulada ou não. Portanto essa área está ligada mais a filosofia, da ética ou das religiões. Por isso vejo que a religião tem coisas importantes a dizer a sociedade, coisas inalcançáveis pela ciência. No entanto, as religiões não podem interferir nas questões de exclusividade cientifica, como é o caso da descoberta de como as coisas são e funcionam. No dialogo entre os dois segmentos nós temos notado um crescimento, mas na prática não tem sido muito fácil. Justamente por muitas vezes o pensamento cientifico se achar capaz de dar explicação a toda a realidade, como muitas vezes o pensamento religioso se considera capaz de dizer toda a verdade.

Nós estamos passando por um momento de ampla discussão sobre a aceitação do homossexual na sociedade. O pastor e deputado Marco Feliciano, que preside a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, está propondo a discussão do projeto que prevê a “cura gay”. O senhor é a favor dessa discussão?

Alexander – Sou a favor da discussão. A retirada da questão da cura gay é algo que no mundo da psicologia não está tranquila. Nós teríamos que perguntar para a psiquiatria e psicologia se eles estão de acordo com o fato de que não existe reversão. Nós sabemos que este tipo de decisão são todas de ordem política. Inclusive quando o Conselho Nacional de Psiquiatria dos Estados Unidos retirou a homossexualidade da lista das doenças, foi uma decisão política, então uma decisão na ordem de base científica. Eu penso que é necessária a discussão. Não estamos falando se deve ou não haver a cura gay, mas sim que haja uma ampla discussão sobre o tema, sem interesses políticos. Os direitos dos homossexuais devem ser dados. Assim como os direitos de pensamento de quem é contra. Mas sendo contrário não te dá o direito de bloquear sua existência na sociedade. Na minha área privada, por exemplo, eu tenho o direito de não me relacionar com homossexuais. Mas em espaços públicos o direito é igual para todos. Essa consciência precisa ser criada independente da revelação científica do que se trata a homossexualidade. Portanto penso que as duas discussões precisam ser realizadas, de como garantir os direitos do homossexual na sociedade, mas que ao mesmo tempo não se defina de maneira dogmática, dizendo que isso é ou não doença, quando na verdade ainda não existe comprovação científica. Isso daria fim a qualquer discussão. Se for definido na ordem política, temos muito a perder.

Já existem igrejas gays. O senhor tem conhecimento da doutrina religiosa que elas pregam?

Alexander – Sim. A igreja gay é uma forma de definir uma associação, ou seja, um grupo que se reúne e tenta vivenciar a transcendência na sua condição de pessoas de orientação homossexual. As que são cristãs fazem uma leitura específica da Bíblia. Já li alguns textos de pastores que pesquisam nessa área. E não só no mundo cristão, mas também no judaico onde se prega o judaísmo liberal dentro de grupos específicos de gays. Inclusive, em Los Angeles, existe um festival de cinema gay judaico religioso, onde trata dessas questões de uma forma respeitosa, não tem nada a ver com pornografia. E sim, tratando das temáticas das relações homoafetivas e religião judaica. E isso nós vamos encontrar em muitas situações. Essas igrejas buscam uma releitura dos textos bíblicos onde se consiga viver essa condição e experimentar a vida da espiritualidade. Isso quer dizer, que as pessoa homoafetivas não estão afastadas de Deus, da possibilidade de manifestar uma religião. Eu penso que todas essas experiências, quando não são consideradas absolutas e estão dentro de um processo de dialogo, todas contribuem para nós chegarmos a uma verdade cada vez mais plena. O problema é quando se cria grupos antagônicos, que existem para uma espécie de disputa com outros grupos religiosos. Então esse tipo de embate não traz crescimento.

Assuntos de ordem religiosa são seguidamente explorados pela imprensa. Como o senhor vê a qualidade do trabalho jornalístico nesse sentido?

Alexander – A imprensa brasileira de forma especial não conhece as religiões. Quando eu ouço falar do catolicismo, minha área de estudo, é impressionante o desconhecimento, a ignorância. Eu vivi um tempo em Roma e lá existem jornalistas, chamados de vaticanistas, que se dedicam ao estudo da teologia para entender o assunto. A Igreja Católica não é uma coisa simples. Ela tem um código de direito canônico considerado um dos mais perfeitos do mundo. O próprio direito brasileiro se baseia no código canônico. Para entender a complexidade da Igreja é preciso conhecer muito. Às vezes nem padres e irmãs entendem essa complexidade. Por isso, falta aprofundamento na imprensa para abordar esse tema.

Fonte: http://www.upf.br/comarte

terça-feira, 18 de junho de 2013

A importância da Família na Sociedade e na Igreja

Por Dom Mauro Montagnoli
Bispo diocesano de Ilhéus

Dom Mauro Montagnoli / Bispo diocesano de Ilhéus

A família sofre com as amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Sabemos que muitas famílias permanecem fiéis aos valores fundamentais da instituição familiar. Outras estão meio perdidas frente a seus deveres, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, infelizmente, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.
Consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja Católica oferece sua ajuda sustentando os que permanecem fiéis, iluminando os indecisos e ajudando os que estão impedidos.
A Conferência de Aparecida assinalou que a promoção da família é uma das prioridades na missão evangelizadora da Igreja na América Latina. Destaca o conceito de que a família deve ser “um dos eixos transversais de toda ação evangelizadora da Igreja”. Temos que deixar de considerar a família como um objetivo da ação pastoral e começar a vê-la como agente da ação evangelizadora da Igreja.
A família é um dom cuja vigência enriquece a realidade do continente. E mais: “a família é o valor mais querido por nossos povos”.
Como não alegrar-se ao descobrir que a Boa Nova de Jesus tem uma concreção particular na família! Os bispos latino-americanos falam da ‘Boa-Nova da família’. A família é “um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos e caribenhos”.
O Documento de Aparecida ressaltou que a família, respondendo a seu ser e à sua missão, é um poderoso instrumento de transformação social e eclesiástica.
O valor do sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher está na base da família. A união entre um homem e uma mulher é sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja.
A origem da realidade familiar que está na mesma Trindade. “A família é imagem de Deus que em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família”, Pai, Filho e Espírito Santo. “Na comunhão de amor das Três Pessoas divinas, nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e seu último destino”.
O Documento de Aparecida faz uma chamada de atenção contundente sobre a defesa pública dos valores mais íntimos da família, conclamando de modo enérgico os legisladores, governantes e profissionais da saúde a defende-la e protegê-la dos crimes que são cometidos contra ela.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, edição 2008-2010, especificam as ações concretas para a nossa realidade brasileira.
A família é lugar e escola de comunhão, pequena Igreja doméstica e primeiro local para a iniciação cristã das crianças.
É preciso ver a beleza do amor humano vivido como dom sincero de si para o bem do outro. A família deve ser reconhecida e vivida não somente como lugar de sacrifício, mas de realização humana.
Os pais são os primeiros catequistas. A vivência da espiritualidade conjugal e familiar se dá pela oração em família, na participação dominical da missa da família inteira e na dedicação aos serviços pastorais da comunidade.
Transformações profundas afetaram o jeito de ser família, sua compreensão e valorização. Existe a imposição de uma mentalidade anti-vida. Diminuem os nascimentos e as vocações. A sociedade brasileira envelhece rapidamente. A violência elimina de modo especial e em maior número, os jovens.
Faz-se necessária uma profunda e séria preparação ao matrimônio.
Casais em segunda-união e seus filhos sejam acolhidos, acompanhados e incentivados a participar da vida da Igreja.
E preciso cobrar políticas públicas em prol da família, de modo especial, deve-se tomar iniciativas de solidariedade em relação a pessoas, famílias e grupos atingidos pela miséria, fome e tantas formas de sofrimento.
Especial carinho devem receber as famílias marcadas pela violência, o alcoolismo, o machismo, o desemprego e principalmente as drogas, as balas perdidas, os assassinatos e os grupos de extermínio.
É de suma importância a presença do homem, do pai e sua missão na família, como também o direito que os filhos possuem de ter a presença do pai em casa.
A Igreja no Brasil olha com renovada esperança a realidade da família. Primeira escola das virtudes humanas, sociais e cristãs, ela é como laboratório do amor, portal da fé, lugar privilegiado para despertar, viver e fazer crescer as vocações e os carismas para a Igreja. A família é um dos pilares da primeira evangelização e da transmissão contínua da fé cristã em nossa terra brasileira.
A família é uma força de sustentação, uma instituição fundamental. Fortalecer a família é obter uma sociedade mais justa, humana e cristã.
Peço à Sagrada Família de Nazaré que abençoe as famílias e nos ajude no propósito de defendê-las e apoiá-las com todos meios que temos à nossa disposição.

domingo, 16 de junho de 2013

Para nós mulheres: Como evitar o fim do seu relacionamento


Tarefa difícil manter um relacionamento duradouro. Com o tempo, problemas e defeitos começam aparecer, o romantismo não é como antes, mas posso lhe afirmar, o melhor caminho é tentar uma reconciliação, ao invés de "procurar outro marido" e recomeçar do zero.
Se você passa por esse tipo de situação, fique tranquila, casais espalhados pelo mundo inteiro sofrem com crises no relacionamento. Diante dessa situação é importante você relembrar os momentos de felicidade ao lado do seu companheiro, não deixe que seu casamento ou namoro termine sem tentar salvá-lo.
A rotina é o principal motivo que leva um casal à crise no relacionamento, brigas, problemas financeiros, liberdade, ciúme e falta de privacidade do casal, também levam à crise.

Veja algumas dicas:

O primeiro passo é ter um diálogo. Conversar é fundamental para retornar a paz em seu relacionamento, fale sobre seu dia, pergunte como foi o dele, retome aquele interesse na vida pessoal que vocês tinham no início.



Cada um deve ter seu espaço no relacionamento, todo ser humano precisa ter sua privacidade, então, nada de ficar o dia inteiro "grudada" nele. Mantendo um certo tempo longe de seu marido aumenta à saudade, ele verá como é bom estar em sua companhia.

Fuja da rotina, uma viagem, jantar fora, motel, dançar e cinema, são bons exemplos para você sair da rotina. e reacender a chama do casamento.

Demonstrar seu sentimento é uma forma de reviver o início do relacionamento, com o passar dos anos o casal deixa de declarar seu amor, diga:" Eu te amo. Sinto sua falta. Você é o amor da minha vida".
Deixe bem claro que apesar das dificuldades você está disposta a lutar pelo relacionamento.

Evite brigas e discussões, muitas delas podem ser evitadas seguindo uma regra básica, vá até o espelho e pergunte-se: "Isto é realmente necessário?".
Ao fazer isso você verá que muitas brigas podem ser evitadas.

Não viva sua vida em função dele, muitas mulheres ficam preocupadas em sempre agradar seu marido, não se preocupando com o que realmente lhe agrada. Essa atitude está errada, você também precisa ser feliz, faça tudo que lhe der vontade.

Não aponte os erros ou defeitos do seu marido, todos cometem erros, ao invés de apontá-los, faça elogios.

O caminho para salvar um relacionamento parece complicado, mas posso lhe dizer que é fácil, basta ter coragem para enfrentar os desafios da vida.

Escrito por: Fabiana Tavarez - Consultora de Relacionamento
Enviado por: Kelen Forgiarini

sábado, 15 de junho de 2013

Família: a Igreja Doméstica

"Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada família de José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a " família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que " com toda a casa" se tornavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua casa" fosse salva. Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo".

A orientação para a fecundidade do casal orienta para o serviço à Igreja. A consciência disto vem tanto da própria Igreja como da experiência concreta de inúmeros casais cristãos, ao compreenderem que sua espiritualidade não atinge somente o âmbito de sua família, mas a Igreja. Se o matrimônio é sinal da Igreja (Cf. Ef 5,32), a família é Igreja enquanto comunidade de batizados. É uma pequena Igreja que se abre ao mundo.


Quando possui clara esta consciência, o casal não se isola, mas se enraíza vitalmente no serviço à Igreja, assumindo a postura de um ministério que nasce como resposta ao convite que Deus faz continuamente para que cresça na graça e se dê generosamente, como sinal de amor e de unidade, com seu testemunho de vida, como ministros da vida física espiritual, pela procriação, educação, hospitalidade e serviço, como apóstolos, através do exercício de outros dons e outros carismas.
O casal cristão é chamado a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.
Muitos casais priorizam e cultivam diversos tipos de afinidade esquecendo a necessidade de alimentar união de suas almas através da oração juntos. Esta oração faz reconhecer a unidade sobrenatural que existe entre os dois, e abre seus corações para as graças atuais que Deus quer derramar em sua casa para que viam as situações que se apresentam no dia a dia.


É na oração do casal que Deus esclarece sua consciência familiar, corrige os vícios em comum, chama e envia o casal a novos desafios, ungindo-os para cumpri-los.
O Concílio Vaticano II chama a família de Igreja Doméstica porque é no seio da família que os pais são " para os filhos, pela palavra e pelo exemplo os primeiros mestres da fé.

"É na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, " na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa" (LG 10). O lar é assim a primeira escola de vida cristã e, "uma escola de enriquecimento humano" (GS 52). É aí que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida".

Não podemos esquecer também certas pessoas que ficam sem família humana. A todas elas é preciso abrir as portas dos lares "Igrejas domésticas", e da grande família que é a Igreja. " Ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos estão cansados e oprimidos" (FC 85).

quinta-feira, 13 de junho de 2013

As manias de cada um: até onde tolerar?

Em um casamento, o homem e a mulher não são (e nunca serão) duas almas iguais. Mas sim, almas que se complementam. Viver em comunhão pelo sacramento do matrimônio é sim um desafio que a convivência mútua trás para todo sempre.
Até que ponto devemos tolerar as "manias" de cada um e até que ponto devemos cobrar mudanças de nosso cônjuge?
O texto abaixo trata desse importantíssimo assunto. O reproduzimos com muito carinho para propiciar mais esta reflexão.

Não existem estratégias de sucesso para superar crises conjugais. O desencontro de prioridades e de interesses pode ser inofensivo ou levar ao divórcio. Religiosidade, dedicação profissional, hobbies, quase tudo motiva desentendimentos por vezes fatais ao relacionamento. Se não dá para se divertir com as manias do outro, também não se deve só cho­rar por elas. E preciso aprender a conviver.
Após o nascimento da filha Larissa, a fé e a igreja passaram a ocupar um grande espaço na vida do servidor público Enos Loures, 51 anos. Educado em um lar evangélico, ele conta que Larissa despertou um senso de responsabilidade que até então não havia sentido. Voltou a lembrar os ensinamentos que recebeu dos pais e resolveu retomar com afinco a religiosidade. "Eu havia me afastado da igreja porque estava deslumbrado com as belezas do mundo”, explica.



Vivendo um casamento feliz há 14 anos, a esposa Maíza Ribeiro, tam­bém servidora pública, 43 anos, começou a se preocupar com as altera­ções no comportamento de Enos. A rotina do casal mudava radical­mente a cada dia. As refeições eram precedidas de orações. A leitura da Bíblia passou a ser um hábito do marido. A vida social desapareceu. E o fato de Maíza ser espírita motivou cada vez mais discussões.
Entristecida com a situação, Maíza radicalizou e resolveu procurar o pastor da igreja que Enos freqüenta, e reclamar com aspereza: "Que reli­gião é essa que separa um casal que se ama?" Diante dos argumentos de Maíza, o pastor reconheceu que Enos poderia estar exagerando em al­guns aspectos e prometeu conversar com ele. A interferência surtiu efeito. Após uma longa conversa, o casal resolveu se empenhar para manter o casamento, respeitando as diferenças. "Eu acredito que com amor tudo será superado", aposta Enos. Maíza concorda: "Nós temos uma vida perfeita. Enos é carinhoso e atencioso. Estamos tentando contornar a dificuldade e vamos conseguir".

O psicanalista Gley Costa explica que o equilíbrio do relacionamento conjugal se estabelece tendo em um dos pratos da balança a individua­lidade e no outro a tolerância as diferenças, inevitáveis. "Qualquer ex­cesso pode comprometer a estabilidade do casamento, cujo resultado e o desencadeamento de uma crise conjugal." Gley ressalta que em mui­tos casos o surgimento de novas exigências no casamento, como o nas­cimento de filhos, doenças, envelhecimento e perda de posição social ou econômica, podem acarretar mudanças no relacionamento conju­gal e o aparecimento defensivo de outros interesses.

CONCORRENTE VIRTUAL

A 'quadrada', apelido que a, estudante Caroline Duarte, 23 anos, colo­cou no computador do marido, era uma concorrente direta. As horas diárias que Rodrigo dedicava à internet, aos jogos, aos trabalhos de fa­culdade, ao bate-papo virtual, à busca de informações sobre carros in­comodavam Caroline. "Ele só queria ficar no computador, e eu comecei a achar essa situação um absurdo. Se ele tivesse um notebook, levaria até para a cama. Isso dominava as discussões", conta Caroline.
Por vezes, a estudante usava a compenetração do marido em bene­fício próprio. "Eu avisava que ia fazer uma compra no cartão de crédi­to e ele respondia com 'hum, hum' básico, nem escutava. Quando chegava a fatura, e ele reclamava, eu dizia: 'eu avisei, mas você estava aí com a quadrada...” '.


 Hoje, com cinco anos de casamento, a crise foi superada e o assunto virou motivo de brincadeira. A saída encontrada foi estabelecer um acordo, estipulando limites. Além disso, agora Rodrigo faz de tudo para atrair a atenção da mulher para o computador. Baixa filmes e músicas pela internet para agradá-la. "Cada um cedeu de um lado, sem se anu­lar. Eu só queria um pouco mais de atenção" diz Caroline, que ressalta: "Um notebook, nem pensar".
Para o psicólogo Márcio Roberto Regis, o casal pode aproveitar o mo­mento de crise para trocar idéias e refletir sobre as razões que levaram ao desgaste do casamento. "Não se pode pensar no casamento sem desafios e, principalmente, como se ele fosse igual ao que era há 10 ou 20 anos" diz.

TRABALHO EM EXCESSO

Cerca de 22 horas de trabalho diárias. Esse foi maior obstáculo à manu­tenção do casamento de Jeilton Alves, 26 anos, assistente administrativo. Jeilton trabalha oito horas durante o dia, faz faculdade à noite e dá plan­tão em uma outra empresa após as aulas. Para agravar o quadro, assume serviços extras nos finais de semana como reforço ao orçamento. Restava pouco tempo para dar atenção à mulher e à filha.




Para Jeilton, a luta por independência financeira e para garantir melhores condições de vida à família justificava o excesso de trabalho. Mas a rotina causou conflitos. A mulher dele se queixava da falta de tempo para a família. "Eu me sentia culpado de alguma forma, mas a questão financeira pesava mais. Dizia que estava me sacrificando agora para garantir um futuro melhor para elas" conta Jeilton.
Certo dia, no limite do cansaço e do estresse, ele recebeu uma mensagem da esposa pelo celular: "Será que R$ 50 fazem diferença para a gente?" 0 texto foi a gota-d'água. 0 casal ainda tentou contornar a crise, mas a situação havia chegado ao limite. Jeilton saiu de casa. Hoje eles ainda ten­tam se acertar, têm uma filha e ainda se gostam. No en­tanto, a exigência feita pela família para que Jeilton deixe um dos empregos afasta a chance de uma reconciliação.
Para o psicanalista Gley Costa, não existem receitas para um relacionamento conjugal feliz. Mas é possível destacar características comuns para manter a harmonia.


OS MANDAMENTOS DE UM CASAMENTO HARMONIOSO

1. Evite se envolver em conflitos relacionados com os parentes dos cônjuges. Grande parte dos desajustes conjugais decorre de problemas de dependência.

2. Concilie a vida em comum com a individual. Embora marido e mulher compartilhem grande parte do seu tempo, afeto e interesses, e indispensável que cada um seja ser o complemento e não uma extensão do outro.

3. Mantenha uma vida sexual ativa, desinibida, criativa e prazerosa. O relacionamento sexual representa a parte mais vulnerável da relação conjugal.

4. Reconheça que o casamento não é um "mar de rosas" e que os conflitos são inevitáveis. Essa atitude possibilita ao casal se tornar participante e observador do próprio relacionamento, corrigindo as dificuldades.

5. Alimente a idealização inicial do relacionamento. Cada um deve se esforçar para conservar o desejo e a admiração do outro, e ajudar o parceiro a manter a auto-estima, reconhecendo que o envelhecimento físico e progressivo e inexorável.

6. Verbalize de forma clara as expectativas e insatisfações. Muitos casais esperam ser compreendidos, e se frustram quando isso não ocorre.

7. Seja cúmplice do parceiro. O casamento deve ser um lugar seguro para o amor, o ódio, o conflito, a dependência, o "prazer proibido", o fracasso, o sucesso, a decepção, a alegria, a tristeza e, principalmente, o envelhecimento.

8. Crie um espaço de interação social, tom a participação de amizades anteriores ao casamento e das adquiridas posteriormente.

9. Alargue a relação para incluir os filhos, sem permitir que a presença deles comprometa a intimidade do casal.

10. Transforme o casamento em uma relação alegre e divertida. Embora envolva compromissos e renuncias, o relacionamento deve representar uma fonte de felicidade. O tédio é o pior inimigo do casamento.

INTOLERANCIA = SEPARACAO PRECIPITADA

Para a psicoterapeuta e sexóloga Mabel Cavalcanti, muitas vezes a obsessão pelo trabalho pode atingir casais jovens. "Quando eles des­cobrem que ainda há tempo para evoluir, passam a gastar toda ener­gia para alcançar esse objetivo", avalia Mabel. A falta de tempo para se dedicar a família afasta o parceiro, que pode não suportar a carên­cia. "Tudo o que for unilateral vai causar prejuízo ao casamento", ex­plica a terapeuta, que acredita no dialogo e na negociação como as melhores alternativas para essas situações.
Mabel ressalta que hoje busca-se qualidade de vida e não quanti­dade de anos nos casamentos. Ela acredita que muitas vezes as sepa­rações são precipitadas, mas que essa precipitação ocorre desde o momento em que as pessoas se conhecem. "Hoje pulam-se etapas. Não se avalia o somatório de valores para saber se o relacionamento pode dar certo", diz a terapeuta.
Ela acredita que, em alguns casos, a terapia de casal pode ser uma boa indicação. Um dos pressupostos do método é ensinar a dialogar. "Alguns parceiros dizem que sempre falam a verdade, mas fazem isso de forma errada", explica. Para a terapeuta, se a conversa começa com a frase: "Você não me entende" ou "você fez isso errado", a capa­cidade de diálogo já esta comprometida. É preciso usar o pronome pessoal "eu" e assumir as responsabilidades.

 
Matéria de Érica Andrade – Da equipe do Correio
Fonte: Revista do Correio – Correio Braziliense. Domingo, 13 de novembro de 2005. ano1. número 26

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos Namorados para uma mulher

 
Oi meu amor, hoje é um dia muito especial para mim.
 
Um dia que vem se repetindo há algum tempo.
 
A cada dia em nosso casamento. 
 
É o nosso dia, um dia que me faz lembrar ainda mais, do quanto eu te amo.
 
Do quanto o teu amor é importante para mim, e o quanto você me faz feliz!
 
Parabéns para nós meu amor!
 
Durante todo este tempo, descobri em você um companheiro, amigo e amante acima de tudo.
 
Por isso, hoje venho de agradecer, por tudo o que você faz por mim.
 
Um grande e carinhoso beijo
 
De uma mulher eternamente namorada de seu marido

Dia dos Namorados para um homem


Querida, como é bom poder acordar com você do meu lado, observar seu modo gostoso, dar-lhe um beijo de bom dia e sentir que desperta sorrindo pra mim, pra vida.
 
Na saída para o trabalho vou com a certeza de que estaremos pensando um no outro, que o amor de cada um de nós vai e fica.
 
Encontrei a companheira que tanto precisava, a dona do meu amor, centro das minhas atenções. E é com prazer que sinto que sou amada e procuro fazer por nós dois o melhor.
 
Temos sidos abençoados por Deus, temos um lar tranqüilo e feliz, onde a paz há de prevalecer e a união entre nós seja cada vez mais presente.
 
Quero todos os dias anoitecer e amanhecer ao seu lado cheia de amor e compreensão, pois tenho recebido de você tudo de bom, e o amor que me faz forte todos os momentos.
 
Ah... Você meu amor, companheira e esposa que escolhi para viver comigo o mais profundo carinho no dia dos namorados e sempre da seu esposo que te ama!!!
 
Com Amor...

De um homem eternamento namorado de sua esposa

O casamento esfriou. E aí?

A Revista Isto É, edição de 15 de julho de 2009 apresentou uma matéria sobre um assunto de supra importância para o casamento: a falta de interesse sexual entre o casal.
Achamos salutar abordar este assunto em nosso blog considerando sempre o fato de que o sexo no casamento é bom, saudável e importantíssimo para a felicidade do casal. E, definitivamente, não: sexo está longe de ser um pecado...
 
A temperatura debaixo dos lençóis varia de morno para gelado. A vida sexual de quem é casado está longe de ser esfuziante. No mais amplo retrato do comportamento dos brasileiros nesta área, uma pesquisa com oito mil pessoas entre 15 e 64 anos divulgada no mês passado pelo Ministério da Saúde, descobriu-se que 11% dos casados não fazem sexo há pelo menos um ano. Isso não acontece apenas aqui. Nos Estados Unidos, dados do General Social Survey, programa da Universidade de Chicago que monitora as mudanças na sociedade americana, revelam que 15% das pessoas que vivem sob o mesmo teto estão entre seis meses e um ano sem manter relações sexuais. Mesmo quando dizem que há amor, muitos casais não transam. Por quê?
 



Diferentemente dos animais, os seres humanos não fazem apenas sexo - seja para reprodução, seja para obter prazer. O erotismo é exclusivo da nossa espécie, e é nesta energia, vibrante e criativa, mobilizadora dos sentidos e da imaginação, que reside o elemento-chave para uma relação prazerosa. Em geral, quando o sexo deixa o casamento, é porque o erotismo perdeu espaço. A libido foi vencida pelo dia a dia massacrante.
O desgaste promovido pela rotina costuma ser apontado como uma das principais razões para o desinteresse pela vida sexual. Estressados e atormentados pela falta de tempo, homens e mulheres fazem malabarismo para criar os filhos, pagar contas, aumentar o patrimônio da família e estar no topo do ranking dos melhores no trabalho. O sexo, que era prioridade no início da vida afetiva, perde espaço para o cotidiano.
Nesse contexto, a chegada dos filhos é um marco. Crianças pequenas demandam energia e disposição. Quando dois viram três inicia-se uma nova fase no casamento. Esta transição, um dos maiores desafios para os casais, está sendo enfrentada com dificuldade pela secretária Débora Bortolleti, 35 anos, e o consultor Marcello Mezzanotti, também 35 anos, casados desde 2004.
O nascimento da filha, há dois anos, foi o começo da crise. Segundo ela, há muita ternura e amizade na relação, mas também brigas e diferenças grandes de temperamento. "O sexo foi se tornando escasso e, agora, estamos há seis meses sem transar", diz ela. "Quanto mais o tempo passa, mais longo fica o caminho a ser retomado."


LIBIDO FEMININA

A falta de desejo, sobretudo para as mulheres, é uma das questões centrais em casamentos frios na cama. Estudo realizado pela Universidade de Hamburg-Eppendorf, da Alemanha, revela que, no início do relacionamento, 60% delas querem sexo com frequência. Depois de quatro anos de união, este índice cai para 50%. Após 20 anos, chega a 20%. Entre os homens, o desejo permanece inalterado para 70% deles. "O sexo não é uma prioridade para muitas mulheres", explica Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo a pesquisa Mosaico Brasil, realizada no ano passado e coordenada por ela, o sexo está em 3º lugar no quesito qualidade de vida para os homens, atrás apenas de alimentação saudável e tempo de convivência com a família. Para as mulheres, cai para a 8º posição, perdendo - atenção, maridos - para (1) alimentação saudável, (2) tempo de convivência com a família, (3) qualidade do sono, (4) prevenção de doenças e cuidados com a saúde, (5) trabalhar no que gosta, (6) ter tempo para atividades culturais e hobbies e (7) convivência social. Outro componente para a diminuição da libido feminina é a dificuldade delas em separar o sexo do afeto. "Quando a relação não vai bem, ela pode sentir repulsa até mesmo quando tocada", diz a psicóloga Giovana Tessaro.
Casamentos sem sexo nem sempre indicam que as pessoas são assexuadas. Sem filhos, a administradora M.S., 43 anos, está casada faz 15 anos com o seu chefe e há seis anos não faz sexo - com ele. O vínculo sexual começou a ruir quando eles passaram a levar os problemas da empresa para casa. As conversas monotemáticas viraram rotina e a relação se desgastou. "Se o assunto não é a empresa, são os problemas de família", diz ela. Marido e mulher que trabalham juntos correm o risco de deixar o lado colegas de trabalho tomar conta da vida de casal, o que é um veneno para o erotismo.
Quando as relações sexuais se tornaram raras - e por obrigação -, M.S. e o marido pararam de comemorar o aniversário de casamento, segundo ela, um sinal claro da derrocada. Surgiram, então, as brechas para a entrada de um terceiro elemento. A administradora, porém, não cogita o divórcio. "Ficaria aliviada em me separar, mas não quero perder o padrão de vida", diz. "Preferia que ele também tivesse uma amante." De acordo com a advogada Estela Franco, especialista em direito de família e com vários anos de experiência em divórcios, esta é uma situação comum. "Muitos casais fazem sexo fora do casamento e se mantêm na relação como amigos para preservar a união", diz.





FANTASIA COM O PARCEIRO

Uma das maiores dificuldades para os casais que querem superar a crise é refazer o pacto que os uniu um dia e trazer o sexo de volta para a relação conjugal. Casados há uma década, o vendedor M.C., 35 anos, e a esposa não transam há um ano e três meses. "No início, era ela que não estava a fim", conta ele. "Tomei iniciativa e dei com a cara na parede. Cansei." Os problemas surgiram depois que a mulher começou a tomar remédios para emagrecer em uma tentativa de voltar à forma física de antes da gravidez. "Ela ficou descontrolada", diz o vendedor.
As brigas e acusações transformaram o desejo em raiva. Há um mês, disposta a investir no casa mento, a esposa de M.C. parou com os medicamentos. O vendedor está na expectativa de que eles voltem a ser um casal de verdade. É este momento de resgate que a pedagoga Márcia Secco vive com o marido. Eles já ficaram três meses sem relações sexuais e há três anos ela não sente prazer. "Estava sempre indisposta", diz. "Às vezes, cedia apenas para satisfazê-lo." Com ajuda de terapia, está redescobrindo o marido. "Aos poucos, a vontade está voltando", conta.
Não faltam manuais recheados de obviedades que prometem uma revolução sexual em dez passos ou 20 lições. Neste mercado, o livro "Sexo no Cativeiro", da terapeuta de família Esther Perel, traz uma contribuição rara entre as obras do gênero. Ela propõe o resgate do universo lúdico, perdido entre os casais. Mas como recuperá-lo quando falta desejo? O sexo erótico pressupõe imaginação e é preciso comprometimento para investir nele.
Entre as sugestões dos especialistas está a inclusão do parceiro no universo das fantasias sexuais. No livro "O Sexo e a Psique", lançado na semana passada no Brasil, o pesquisador Brett Kahr, do Centro de Saúde Mental de Londres, revela que 21% dos ingleses incluem com frequência o cônjuge nas suas fantasias eróticas. "À medida que envelhecem, fantasiam com o parceiro com uma frequência menor", afirma Brett. Dos casais entre 18 e 29 anos, 14% incluem o companheiro na imaginação erótica. Ao chegar aos 51 anos, o índice é de apenas 6%. Não é difícil entender por que sem imaginação não há ação.

ENGRENAGEM DO OUTRO

Esther Perel questiona a febre pela medição em planilhas e gráficos - pessoas mais preocupadas com o tamanho do pênis, dos seios, dos quadris, a frequência do sexo, as posições mais incomuns do que em entender a complexa engrenagem do outro. Mas estar com a autoestima elevada e fazer-se atraente para o parceiro podem ser um combustível eficiente para esquentar os lençóis. "Os homens ficam obcecados com o orgasmo da mulher para atestar a sua virilidade", afirma Silvia Mazano, diretora do Instituto Brasileiro de Sexologia. "Não é o homem que dá o orgasmo. É a mulher que o tem. E, se não tiver, não significa que ela não sentiu prazer", diz.
Outro mito desconstruído pelo livro é a eficácia do diálogo aberto, um mantra para a maioria dos psicólogos. Esther defende que a linguagem do corpo é mais importante do que as palavras para o bom entendimento sexual. "O excesso de intimidade pode comprometer o desejo, que exige distância, dúvidas e surpresas", afirma. "Ninguém procura o que já está lá." O livro também questiona o conceito de democracia na cama. Para a terapeuta, o erótico estaria ligado ao jogo de poder e a alternância entre domínio e submissão, de difícil aceitação para quem prega a diplomacia no sexo.

SEXO NA AGENDA

Para garantir a comunhão sexual, é preciso compromisso. Mas não é algo a ser encarado como obrigação. Obrigação é trabalhar, levar os filhos ao médico, pagar contas. Compromisso é mobilizar energia, de bom grado e de forma consciente, para buscar o frisson. "A partir de dois anos da união, o casal deixa de fazer investimentos na relação", afirma Gerson Lopes, diretor da Associação Saúde, Amor, Bem-Estar e Responsabilidade. "O sexo precisa de dedicação, assim como a carreira e as finanças", diz ele. Se existem filhos, é necessário também planejamento. Pode parecer antinatural, mas programar implica intenção e, por consequência, confere valor ao ato. "Quando planeja transar, o casal reafirma o vínculo erótico", defende a terapeuta Esther.
Foi colocando o sexo na agenda que a jornalista L.M., 36 anos, recuperou o desejo pelo marido. Depois do primeiro filho, eles ficaram quase um ano sem manter relações sexuais. "Minha terapeuta me disse que eu teria que escolher um dia da semana para transar, mesmo que por obrigação", conta. O dia D era um martírio para ela. "Acordava de mau humor, me arrumava a contragosto, mas ia até o fim", diz. Mas, no final, a sensação foi positiva. "Como pude ficar tanto tempo sem aquilo?", perguntava- se a jornalista, que teve outras duas crianças, sem bloqueios sexuais após as gestações.
Encontrar o equilíbrio entre a vida doméstica e o erotismo, tão necessário para fazer pulsar o casamento, é o grande desafio dos casais de hoje. Ninguém mantém o desejo aceso 365 dias por ano. Há fases em que ele fica adormecido, em que cada um está voltado para seus próprios projetos, em que os filhos exigem mais atenção. O essencial é o casal saber resgatar o frisson. O erotismo em casa exige envolvimento, em um delicado balanço entre conhecimento e mistério, segurança e desconhecido, intimidade e privacidade.


 
 
 
Fonte: Revista Isto É - 15 Jul. 2009

terça-feira, 11 de junho de 2013

Casar faz bem!

O casamento faz bem para a saúde física e mental de homens e mulheres, mostra um estudo publicado na edição de fevereiro da publicação 'British Medical Journal'. A edição especial de Valentine's Day, o Dia dos Namorados do Hemisfério Norte, que acontece dia 14 de fevereiro, traz diversos estudos que mostram que casar - e não apenas morar junto - traz melhoras significativas para a vida do casal.


Na pesquisa mais significativa, os pesquisadores John e David Gallacher, da Escola de Medicina da Universidade de Cardiff, na Grã-Bretanha, descobriram que pessoas casadas vivem mais e têm uma saúde melhor do que os solteiros ou divorciados.
- Tradicionalmente, já existe a ideia de que o casamento faz bem à saúde. Mas como antigamente praticamente todos os adultos eram casados, ficava difícil comprovar a tese cientificamente. Com o aumento de solteiros nos últimos 30 anos, foi possível fazer estas avaliações. O grupo com a maior longevidade, sem dúvida, é o dos casados - afirma Gallacher.
O estudo avaliou a saúde de mais de um milhão de pessoas em sete países europeus. Os casados, segundo os pesquisadores, vivem cerca de 10% a 15% a mais do que aquelas que vivem sozinhas.
A principal hipótese para explicar esta longevidade seria a de que indivíduos bem ajustados gravitam para o casamento, sugerindo que não é o casamento que aumenta a saúde, mas que os indivíduos que escolhem casar já têm uma saúde melhor antes do matrimônio.
Outra teoria é a de que o casamento melhora a qualidade de vida e a convivência em grupo, já que os parceiros passam a ter mais compromissos em família e, por consequência, um maior apoio psicológico. O fortalecimento dos laços afetivos é especialmente benéfico para os homens, que passam a beber menos e evitam comportamentos de risco.


Mas nem todo relacionamento é bom para a saúde, alertam John e David Gallacher. Adolescentes envolvidos em namoros longos costumam ter mais sintomas depressivos do que seus amigos solteiros, enquanto os homens que se casam antes dos 25 anos não parecem se beneficiar tanto do matrimônio. Já as mulheres se beneficiam mais do casamento se ele acontecer entre os 19 e os 25 anos.
Para os autores da pesquisa, morar junto não é tão bom para a saúde quanto casar. Segundo Gallacher, o estresse da coabitação pode aumentar o risco de diversos problemas de saúde e ainda multiplica as chances do casal se separar após o casamento.
E, embora as crianças possam trazer uma satisfação a longo prazo para o casal, elas costumam trazer desequilíbrio para o relacionamento, principalmente se os parceiros não tiverem maturidade emocional. Os pesquisadores também descobriram que mulheres que trocam de parceiros com frequência ou emendam um relacionamento no outro costumam ter mais distúrbios psicológicos, como os transtornos ansiosos e a depressão.

Fonte: Jornal O Globo 28/01/2011 - Rio de Janeiro

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Adoção de crianças por homossexuais

Relatório científico desaconselha adoção por homossexuais

A poucos dias do parlamento português votar a Lei de reforma do Código Civil pelo qual se equipararia as uniões homossexuais ao matrimônio e se permitiria que estes adotem filhos, associações civis e familiares enviaram aos deputados um minucioso relatório que desacredita os estudos utilizados pelo lobby homossexual e que demonstra que a decisão do governo português de seguir adiante com a reforma não tem base científica. 

O documento, elaborado pela plataforma HazteOir.org com a colaboração do Foro Espanhol da Família (FEF) e o Instituto de Política Familiar (IPF), recolhe centenas de estudos científicos relativos à adoção por casais homossexuais que concluem que as crianças criados por estes “têm um desenvolvimento muito diferente dos que crescem em famílias naturais e, em muitos aspectos, prejudicial para eles”.
Do mesmo modo, o documento que reúne 200 artigos, estudos e pesquisas; analisa a politização de certas instituições que tomaram uma postura decidida a favor da adoção de filhos por casais homossexuais.
Segundo o documento “Não é igual”, os estudos utilizados pelos defensores da lei contêm “graves enganos metodológicos” como mostras muito pequenas, “falta de aleatoriedade na seleção, grupos de controle inadequados ou usar crianças de idades muito prematuras sem realizar um acompanhamento evolutivo”, afirmou Pablo Romeu, pesquisador da área de Análise e Estudos de HazteOir.org e coordenador do estudo.
Segundo o documento, tanto nos relatórios favoráveis à adoção como nos desfavoráveis, encontram-se indícios de problemas psicológicos nos menores, como auto-estima baixa, stress ou transtornos de identidade sexual. Do mesmo modo, informa a plataforma civil, abundam “os problemas nas relações interpessoais das crianças: insegurança a respeito da sua vida futura em casal e a ter filhos, troca do companheiro ou companheira do progenitor homossexual como figura materna/paterna ou preferência por viver com o outro progenitor.

Outros aspectos

O estudo também aborda outros aspectos da vida em casal dos homossexuais, achando uma predisposição muito maior à instabilidade ou infidelidade do casal ou os transtornos psicológicos. Segundo os dados oficiais de países que têm um modelo similar ao que pretende instalar-se na Espanha, o índice de ruptura é muito maior. Na Suécia, o índice de ruptura em casais homossexuais é de 37 por cento superior aos casais heterossexuais e 200 por cento maior nas formadas por lésbicas. “A instabilidade inerente a este tipo de casal não é absolutamente benéfica para o menor”, afirma Romeu.
O relatório inclui estudos que demonstram o prejuízo que causa nas crianças a ausência de um pai ou uma mãe e que os menores procuram o pai ou mãe ausente em conhecidos do sexo contrário ao do casal homossexual. 


“Este relatório pretende evitar que se tomem medidas apressadas com dados falsos e oferecer um ponto de partida para o diálogo num tema muito politizado”, conclui Romeo.
Por sua vez, o presidente de HazteOir.org, Ignácio Arsuaga, declarou que não se pode legislar em função de estudos de escassa profundidade técnica e metodológica pouco confiável que não podem qualificar-se como cientistas: “A mera possibilidade de um dano para a criança deveria paralisar imediatamente esta lei”, acrescentou.
O relatório “demonstra a falsidade da afirmação lançada no seu dia pelo poder executivo português de que 10% da população portuguesa é homossexual, quando sabemos pelo próprio Instituto Nacional de Estatística que a cifra é inferior aos 0,1%”, indica Arsuaga. "É uma pena que os cientistas façam política e os políticos tratem de fazer ciência”, afirma.


É evidente que o texto acima argumenta apenas cientificamente a postura de nossa Igreja com relação a homoafetividade e a adoção de crianças por homossexuais. No entanto, não devemos nos esquecer dos fundamentos teológicos e morais que também norteiam este posicionamento. Considerando ainda apenas os valores morais, vistos como requisitos essenciais na construção de uma sociedade justa, ordeira e fraterna, tomemos como fato que até mesmo dentre os próprios homossexuais existem restrições à transformação dos desejos de alguns em discurso político gerando um verdadeiro "lobby gay".
O vídeo abaixo mostra o Deputado Federal já falecido Clodovil, assumidamente homossexual, expondo sua opinião, tida como pragmática por alguns a respeito da importância da estrutura familiar, ao criticar a maneira deturpada como muitos segmentos sociais e elementos formadores de opinião encampam o ativismo gay.
"Não devemos confundir liberdade com libertinagem". Estas foram suas palavras dentre muitas outras.


Reunião da Pastoral Familiar


Nesta noite de 04 de junho, a Pastoral Familiar da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em sua reunião do mês, teve a alegria de receber a visita de Pe. ArtêmioLuiz Santi, Coordenador Diocesano da Pastoral Familiar.
Batalhador incansável em defesa da existência de Pastorais Familiares nas paróquias, veio trazer a sua palavra incentivadora ao grupo, assim como notícias do que acontece na Diocese em relação a essa Pastoral.
Ao Pe. Artêmio, os nossos sinceros agradecimentos pela presença e pela oportunidade de nos presentear com seus conhecimentos e pelo exemplo de garra e persistência na caminhada. 
Da mesma forma, agradecemos a presença do pároco Pe. Airton e do Pe. Xiko, assim como dos casais que formam a equipe e que enriqueceram nosso encontro participando ativamente do debate sobre o tema proposto “ Relacionamento Familiar”.

Pe. Airton, Pe. Artemio, Pe. Xico e o casal coordenador Tânia e Edson de Oliveira



Na ocasião também foram discutidos os seguintes assuntos:

- Retiro dos trabalhadores das Diversas Pastorais e Ministérios que acontecerá dia 08 de junho, as 14h no Salão Paroquial. Estarão presentes os casais membros da Pastoral Familiar: Deroci e Francisco Dalla Costa, Maria de Lurdes e Juventino Russi, Lígia e João Batista Flores.

- Próximo Encontro de Noivos que acontecerá dia 20, 21 e 22 cujo casal coordenador será Lígia e João Batista Flores.

- Missa da Pastoral Familiar do dia 23 de junho a cargo do casal Lígia e João Batista Flores.

Com carinho!

Tânia e Edson de Oliveira