domingo, 14 de julho de 2013

O ciúmes no casamento

"O ciúme é um tema complexo e polêmico e, muitas vezes, traz infelicidade. Muitos casais hoje sofrem desse mal, mas ainda não perceberam que têm perdido muito por não conseguirem conter tal sentimento."


O ciúme é um tema complexo e polêmico e, muitas vezes, traz infelicidade, independentemente de sexo, idade ou classe social. Há quem diga que ciúme é prova de amor, outros dizem que é sinal de zelo - sempre ouvimos aquela famosa frase "quem ama cuida". Mas, por um instante, você já parou pra avaliar até que ponto tem chegado seu zelo, seu amor, seu ciúme?
Muitos hoje sofrem desse mal, mas ainda não percebem que têm perdido muito por não conseguirem conter tal sentimento. Estamos acostumados a misturar emoções, sentimentos e comportamentos, isso muitas vezes nos leva a atitudes precipitadas, em alguns casos irreversíveis.
Com certeza, você já ouviu casos de pessoas que, em momentos de cólera, chegam a extremos por ciúmes, tornando esses casos públicos e até de polícia? Talvez isto aconteça porque fomos condicionados por nossa cultura e educação a expor nossos sentimentos, o que não é incorreto. Mas torna-se incorreto quando prejudica o próximo, ficando pior quando não temos consciência disso.
Porém devemos ter maturidade para controlar nossas emoções, que costumam ser causadas por fatores externos tais como: palavras mal colocadas ou interpretadas, susto, medo, surpresa, fúria ou euforia.
As emoções, na Psicologia, são definidas como "afetos e reações desordenadas", que se manifestam em nós quando no nosso ambiente se opera alguma transformação radical e repentina a qual não podemos nos adaptar imediatamente.
Os sentimentos são experiências ou disposições afetivas de prazer ou desprazer com relação a um objeto, pessoa ou ideia abstrata. São condicionados por nossas mentes, pela nossa opinião, portanto se pensarmos que estamos nos sentindo tristes, será este nosso estado.
O importante não é o que acontece e sim sua atitude diante de qualquer situação. É possível sentir-se triste, alegre ou com raiva e conduzir-se de forma civilizada e cordial, o que indica maturidade emocional.
Devemos ter consciência de que ninguém pertence a ninguém e que somos indivíduos com personalidade própria, diferenciada.
No fundo o desejo de todos é ser feliz, e isso só é possível quando vivemos em paz e harmonia. Por isso antes de tomar uma atitude precipitada, lembre-se o ciúme desgasta você e seu relacionamento.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Esse cara não sou eu

Sou eu e ela aproveitando os 10 minutos de tolerância do despertador para ficar ainda mais abraçados.
Sou eu e ela brindando com xícaras de café.
Sou eu e ela dividindo o espelho na hora de escovar os dentes.


Sou eu e ela perguntando se está frio ou quente na rua para escolher as roupas.
Sou eu e ela fazendo planos para o final de semana em plena segunda-feira.
Sou eu e ela de mãos dadas no cinema até formigar os braços.


Sou eu e ela criticando a cafonice de alguém na rua.
Sou eu e ela no banco da praça tomando chimarrão e jogando pipoca aos pássaros.
Sou eu e ela trocando cumprimentos de pernas debaixo da mesa.


Sou eu e ela se beijando devagar para respirar melhor dentro do beijo.
Sou eu e ela guardando as rolhas de nossos vinhos.
Sou eu e ela escondendo surpresas no armário da cozinha.


Sou eu e ela ouvindo os problemas sem jamais dizer que não é nada (é horrível ouvir que não é nada quando se sofre).
Sou eu e ela relatando as confusões do trabalho, e exagerando para soar engraçado.
Sou eu e ela disputando quem acessa primeiro a web.


Sou eu e ela arrumando a casa depois de festa.
Sou eu e ela colocando ao mesmo tempo nossas fotos no Facebook.
Sou eu e ela dançando com a cabeça voltada ao teto.


Sou eu e ela lendo o mesmo livro, um esperando o outro terminar o parágrafo para virar a página.
Sou eu e ela adivinhando o que significa certas palavras antes de consultar o dicionário.
Sou eu e ela em silêncio barulhento quando nos emocionamos com uma história.


Sou eu e ela mordendo os lábios no momento da excitação.
Sou eu e ela dividindo os moletons mais gastos.
Sou eu e ela atendendo ligações de madrugada dos amigos em fossa.


Sou eu e ela dando desculpas furadas para não sair no frio.
Sou eu e ela pedindo: por favor, coce minhas costas.
Sou eu e ela passando a roupa um pouquinho antes da festa.


Sou eu e ela atentos quando um dos dois levanta no meio da noite.
Sou eu e ela encardindo as meias pelos corredores do prédio.
Sou eu e ela confessando ciúmes com humor.



Sou eu e ela guardando as caixas de sapatos e as embalagens dos presentes.
Sou eu e ela mudando de canal sem parar sempre alegando que nunca tem programa bom.
Sou eu e ela conferindo se fechamos a porta.

Não sou o cara, mas melhor do que isso: sou um casal.

Fabrício Carpinejar

Enviado por: Tânia de Oliveira